Das terras baixas da Holanda às montanhas de Minas. Uma contribuição à história das missões redentoristas, durante os primeiros trinta anos de trabalho em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Dutra Neto, Luciano lattes
Orientador(a): Lima, Marcelo Ayres Camurça lattes
Banca de defesa: Berkenbrock, Volney José lattes, Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes, Menezes, Renata de Castro lattes, Costa, Sandro da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3277
Resumo: A presente tese tem como objetivo oferecer uma contribuição à história das missões redentoristas, durante os primeiros trinta anos de trabalho em Minas Gerais. A chegada dos Redentoristas holandeses ao Brasil ocorreu no domingo, 2 de julho de 1893. O campo religioso encontrado no Brasil era marcado pelo “Catolicismo Popular”, forma religiosa caracterizada pelo devocionismo leigo e social que tornou-se alvo de um movimento de reforma da Igreja no Brasil a que se convencionou chamar de “romanização”. Dentro desse espírito, a vinda de missionários europeus para o Brasil, naquele final de século, passou a ser vista pela Sociologia do Catolicismo Contemporâneo como uma missão comandada por Roma e eles, como “agentes de Roma”. Uma visão generalizante do conceito de “romanização” terminou por colocar as missões como mera cadeia de transmissão de um comando da Cúria Romana. Através de vários documentos e testemunhos da época pretende-se demonstrar que a vinda dos missionários Redentoristas não foi marcada por tal conotação e que, ao contrário, seu trabalho missionário foi permeado por hesitações, particularidades e dinâmica inspirada pelo carisma de seu fundador Afonso Maria de Ligório, bem como, pelos ideais e projetos da Congregação naqueles finais de século caracterizado pelo surto missionário. Outro aspecto relevante que pretende-se demonstrar é o fato de que as expressões religiosas populares não foram extirpadas pelo trabalho missionário cujo fim primordial era a doutrinação e renovação dos costumes. O confronto entre catolicismo popular e renovado não foi somente marcado por imposições e resistências mas, por uma flexibilização, porosidade e trocas mútuas. Na conclusão busca-se demonstrar que o trabalho missionário dos Redentoristas, naqueles primeiros trinta anos, deixou marcas importantes na reforma dos costumes e na formação de uma consciência social no Catolicismo do Brasil de então.