Coitado menino está doente! Relación de los niños con "ser extranjero"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Suarez, Mathusalam Pantevis lattes
Orientador(a): Lopes, Jader Janer Moreira lattes
Banca de defesa: Marques, Luciana Pacheco lattes, Picanço, Ana Rosa lattes, Santana, Claudia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7149
Resumo: O objetivo dessa pesquisa foi reconhecer como as crianças compreendem e se relacionam com o “ser estrangeiro” no encontro com outras culturas: infantil, adulta, brasileira, colombiana, etc., que convivem na escola, tudo acontece em um espaço – tempo diferenciado. Nessa convivência se reconhece nas crianças a possibilidade de criar e construir suas próprias histórias, experiências e vivências, em um diálogo de saberes e de reelaboração através de contos. São as crianças que nós levam a descobrir uma metodologia de pesquisa com crianças, onde elas são as protagonistas com sua própria voz e propõem as ferramentas usadas, as atividades que querem desenvolver e como querem que sejam desenvolvidas com a colaboração da professora da sala. Aborda-se assim, a tarefa de pesquisar com crianças e as implicações que tem entrar em uma cultura diferente à nossa do mundo adulto. Define-se a fala como elemento fundamental na relação crianças – estrangeiro e se apresenta como um eixo principal na convivência, além disso, é a fala que nos leva a criar um território simbólico, permitindo-nos um diálogo constante na fronteira, entreculturas reconhecendo as vozes de todos os atores desta pesquisa. As crianças resultam ser mais sensíveis à diferença, à escuta e a respeitar, à escuta amorosa entre nós e dispõem- se à aproximar-se à fronteira e sim, é preciso transgredir essa fronteira e tentar estar em entre voces (ês) (voces de voz em espanhol e vocês de nós em português) Tudo vai para um deslocamento do tempo e do espaço na qual o outro não precisa de uma presença física para construção de identidade/alteridade nesse território simbólico. A alteridade é uma dimensão de simultaneidade no tempo, é um ato responsivo sem herói único e onde se consegue uma polifonia entre as diferentes vozes e entre os outros (entre voces (ês)). A fala não tem como função única a comunicação senão que define o indivíduo e o reelabora, o leva ser morador do território simbólico. A fala converte-se na prova irrefutável de nossa incompletitude.