Análise espacial e fluxo assistencial da tuberculose em um município prioritário de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rocha, Thamiris Vilela Pereira lattes
Orientador(a): Campos, Estela Marcia Saraiva lattes
Banca de defesa: Leite, Isabel Cristina Gonçalves lattes, Angelo, Jussara Rafael
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11537
Resumo: A tuberculose persiste como importante e desafiador problema no âmbito da saúde pública, contribuindo para manutenção do quadro de desigualdade e exclusão social em diversos países. É uma das enfermidades mais prevalentes entre as pessoas em situação de pobreza com elevada carga em termos de mortalidade, juntamente com o HIV e a malária. A descentralização do controle da tuberculose para a Atenção Primária à Saúde tem sido recomendada e incentivada pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose pois amplia o acesso dos doentes aos serviços de saúde e proporciona maior adesão ao tratamento. O presente estudo objetiva analisar o fluxo assistencial e o padrão espacial da incidência da tuberculose nas Regiões Urbanas de um município prioritário, Juiz de Fora, Minas Gerais, no período de 2008 a 2015. Foram usados dados secundários, a partir do banco de dados de notificação de Tuberculose (CID10 códigos A15-A19) do SINAN do município de Juiz de Fora, no período de 2008 a 2015, além de dados do censo demográfico de 2010. Os dados foram georreferenciados, exportados para um Sistema de Informações Geográficas e agrupados por Regiões Urbanas. Foram calculados Taxas Médias de Incidência de tuberculose e outros indicadores sociodemográficos e realizadas análises espaciais. Verificou-se que incidência de tuberculose no município foi de 48,3 casos/100 mil habitantes/ano, com padrão da distribuição espacial heterogêneo, ressaltando o acometimento desproporcional da tuberculose nos grupos populacionais com piores condições de vida. Os indicadores Proporção de Pobres,Densidade Intradomiciliar e Índice de Envelhecimento apresentaram poder explicativo para a incidência da tuberculose à nível de Região Urbana. No que se refere à assistência à saúde ao doente por tuberculose percebe-se que a descentralização da assistência para a Atenção Primária à Saúde ainda não é uma realidade no município pois a atenção terciária foi o nível de atenção da rede que notificou mais da metade dos casos de tuberculose (54,0%).