Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Andressa Caires
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Orientador(a): |
Muanis, Felipe de Castro
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Banca de defesa: |
Melo, Luís Alberto Rocha
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Seligmann-Silva, Márcio Orlando
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes
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Departamento: |
IAD – Instituto de Artes e Design
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11905
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Resumo: |
Revisitar o passado, buscar por vestígios, permitir ressignificar experiências dolorosas, aprender com elas, retomar a palavra, o gesto, a sensibilidade. Ao longo deste processo de ruptura cheio de dificuldades, o resultado é a construção de uma nova morada e a abertura para novas possibilidades. Esta é a mensagem de Rithy Panh em suas narrativas cinematográficas nas quais realiza todas estas coisas e ainda deixa um legado de resistência ao autoritarismo e ao cerceamento das liberdades a partir da instituição do Eu, da perseverança em reencontrar-se por outros caminhos e da concepção de que a realidade pode ser o que se faz dela. O objetivo desta pesquisa é acompanhar esta trajetória através dos documentários S21 - A Máquina de Morte do Khmer Vermelho (2003) e A Imagem que Falta (2013), do realizador, com o intuito de investigar as condições determinantes do regime totalitário do Khmer Vermelho (1975-79) e os impactos do genocídio para as representações cinematográficas. Ao seguir as transgressões do diretor, este trabalho busca discutir a respeito da eficiência do arquivo, do testemunho e da imagem para a inscrição das catástrofes históricas de forma a conceber uma compreensão ética sobre o contexto de aniquilação, o irrepresentável, os traumas e sobre o acúmulo de violência nos modos de representação. Assim, diante do tema das catástrofes históricas, visa-se, por fim, analisar conceitos como metaficção, metaimagem e reflexividade - por serem resultantes do caráter de interrupção que constitui tal contexto. Parte-se do entendimento de que tais conceitos fundam-se epistemologicamente a partir da hibridização entre ficção e realidade nas representações cinematográficas, e que, por conseguinte, traduzem a forma com que o realizador elabora o passado totalitário e a dinâmica da experiência no sistema carcerário e concentracionário. Genocídio e representação são, assim, tomados como partes interdependentes nos revisionismos históricos através do dispositivo cinematográfico. |