Juventude na encruzilhada: habitus e política na educação superior privada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Sílvio Augusto de lattes
Orientador(a): Fernandes, Dmitri Cerboncini lattes
Banca de defesa: Neubert, Luiz Flávio lattes, Carlotto, Maria Caramez lattes, Vieira, Allana Meireles lattes, Bonaldi, Eduardo Villar lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17732
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central analisar possíveis padrões de autoritarismo entre a juventude que ascende ao ensino superior privado em função de políticas públicas de inclusão social, implementadas, especialmente, na primeira fase dos governos de centro-esquerda (2003-2016). Tal ideia foi desenvolvida como resultado de quase uma década de trabalho como docente no Centro Universitário Estácio Juiz de Fora, onde presenciamos a emergência de indícios de autoritarismo e conservadorismo entre os discentes. Para responder à indagação central acerca da existência – ou não - de comportamentos autoritários, procuramos observar a possível relação entre indícios de autoritarismo, conservadorismo e progressismo com pertencimento de classe e/ou frações de classes entre os cursos escolhidos (jornalismo, direito, administração, engenharia civil, enfermagem e odontologia). Nessa perspectiva, buscamos verificar a existência de modelos de autoritarismo/conservadorismo/progressismo, suas possíveis dimensões (econômica, moral, entre outras) e se tais discentes se posicionam, autoritariamente, diante de políticas de inclusão social, tendo como referência o papel do Estado. Para dar conta desse conjunto de questões, analisamos a construção das corporações de ensino superior privado e sua configuração monopolizada até o surgimento da Estácio Juiz de Fora. Nossa escolha pelo estruturalismo genético noslevou a criticar matrizes opostas do ponto de vista de nossa abordagem metodológica e epistemológica (como institucionalismo, pósmodernismo e foucaultismo). Usando tabelas binárias, Análise de Correspondência Múltipla (ACM) e Análise de Correspondência Hierárquica (ACH), posicionamos, sociologicamente, os discentes na estrutura social, enfatizando seus capitais econômico, escolar, práticas sociais e, sobretudo, as mediações sociais. Correlacionamos as posições sociais dos alunos a suas tomadas de posição política, apreendendo os processos constitutivos das visões de mundo dos grupos, expressas em diferentes eixos da ACM. Mediante esse expediente, delineamos diversos campos semânticos que servem como matrizes doadoras de sentido e, como tais, nucleadoras do sistema de disposição e apreciação dos discentes, seu habitus. O resultado, isto é, as concepções dos alunos foram, por sua vez, articuladas, historicamente, com outras descobertas sociológicas na tentativa de apreensão da dinâmica dos processos sociais em tela.