Sobre o não-saber ou a experiência da liberdade em Mestre Eckhart

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza, Adriana Andrade de lattes
Orientador(a): Dreher, Luís Henrique lattes
Banca de defesa: Ferreira, Acylene Maria Cabral lattes, Ribeiro, Glória Maria Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3341
Resumo: Falar do não-saber, em Eckhart, é remeter-se diretamente à noção de fundo da alma. Este trabalho consiste num relato do caminho da alma ao seu fundo, caminho cujo caminhar traduz um ir além da imagem, além da Trindade; caminho que é ele mesmo um retorno à Deidade. É nesse fundo que se dá a união última da alma com o divino e, simultaneamente, o nascimento de Deus. Para Eckhart todo o sentido desse nascimento depende de ele acontecer em cada um de nós: “Santo Agostinho pergunta: o que me adianta que esta geração esteja acontecendo, se não acontece em mim? Tudo depende, pois, de ela acontecer em mim.” (S.57). Segundo o autor, o conhecimento de Deus não se separa da vivência: conhecer Deus é também e, indissociavelmente, vivê-lo. Essa era a situação na qual se encontrava a cara Marta ou o não-saber: Marta simplesmente está sendo no tempo, ao modo e envio da interioridade. Nesse sentido, Eckhart vive a similaridade de dois aspectos: o Lesemeister, professor, leitor das escrituras; e o Lebemeister, o mestre da vida que, em conhecendo Deus, aprende também a vivê-lo. O que significa dizer que, em todo saber – ainda humano – estaria a aurora de uma realização ainda mais elevada compreendida como um não-saber que é divino.