A general approach for analysis and enhancement performance in mountain biking modality

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Rhaí André Arriel e lattes
Orientador(a): Marocolo Júnior, Moacir lattes
Banca de defesa: Sasaki, Jeffer Eidi lattes, Amorim, Paulo Roberto dos Santos, Coimbra, Danilo Reis, Lima, Jorge Roberto Perrout de, Bara Filho, Maurício Gattás
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00074
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14585
Resumo: O ciclismo de montanha (do termo em inglês mountain biking – MTB) é uma modalidade do ciclismo fora de estrada (do termo em inglês off-road) o qual é praticado sob uma variedade de terrenos não pavimentados que normalmente incluem obstáculos naturais ou artificiais, como trilhas em florestas, cascalho e lama, envolvendo várias seções de subidas e descidas. O cross-country (XC) é o formato de competição mais popular no MTB, envolvendo 8 eventos ao todo, sendo crosscountry Olímpico (XCO) o mais conhecido entre eles. Além do XCO, outros eventos do XC têm ganhado popularidade, mas existem poucos estudos sobre o tema. O regulamento do cross-country mountain biking (XC-MTB) e as bicicletas sofreram várias modificações ao longo dos anos, gerando discussões e incertezas entre os praticantes. Portanto, o principal objetivo desta tese foi fornecer um panorama atualizado sobre o tópico, e contribuir com o avanço do conhecimento sobre os eventos do XC-MTB. Para isso, foram desenvolvidos quatro estudos. O estudo um é uma revisão de literatura que apresenta e discute as evidências científicas mais relevantes sobre o XC-MTB, com foco nas características dos principais eventos do XC e dos ciclistas, bem como no desenvolvimento das bicicletas, acidentes e lesões neste esporte. As evidências sugerem que as respostas fisiológicas e as demandas mecânicas mudam de acordo com o evento do XC. Além disso, nós identificamos que as características dos ciclistas diferem de acordo com o nível de desempenho, além de destacar a importância do pacing e da capacidade de desempenhar seções técnicas do circuito para ser competitivo no XC-MTB. Sobre as bicicletas, é possível sugerir que a bicicleta equipada com aro de 29” e com um sistema de amortecimento full suspension (quadro com suspensão frontal e traseira) tem potencial para alcançar um desempenho superior nos circuitos de XC-MTB. Por fim, parece que adotar estratégias como equipamentos de proteção, bike fit, treinamento resistido e medidas de prevenção de acidentes podem reduzir a gravidade e o número de lesões. A proposta do estudo dois foi investigar o perfil de pacing e o nível de desempenho de ciclistas do XC sob diferentes seções técnicas e não técnicas do circuito durante um evento de cross-country short track (XCC). Vinte ciclistas profissionais (sub-23 e elite) realizaram seis voltas no circuito de XCC durante a Copa Internacional de MTB. Em geral, os ciclistas adotaram um perfil de pacing positivo, o mesmo perfil adotado pela categoria elite e sub-23. Os ciclistas mais rápidos adotaram um perfil de pacing mais uniforme, enquanto os ciclistas mais lentos adotaram um perfil de pacing em “J” inverso. Inclusive, os ciclistas mais rápidos gastaram menos tempo que os ciclistas mais lentos durante a seção de subida sustentada não técnica. Portanto, nós concluímos que o melhor desempenho no XCC foi associado com um perfil de pacing mais uniforme e com um desempenho mais alto na seção de subida sustentada não técnica. A proposta do estudo três foi avaliar parâmetros mecânicos e o perfil de pacing adotado por doze ciclistas profissionais do XC da categoria elite durante o XCC e XCO da Copa do Mundo de MTB. Durante ambas as competições, o tempo total, velocidade, potência (PO) e cadência (CA) foram gravadas. Enquanto o tempo total de prova foi maior no XCO, a velocidade, PO e CA foram significativamente maiores no XCC. No XCC o perfil de pacing adotado pelos ciclistas foi variável e no XCO foi um perfil de pacing positivo. Além disso, os atletas adotaram um ritmo mais conservador no início do XCC (abaixo da velocidade média da corrida), mas um início mais agressivo durante o XCO (acima da velocidade média da corrida). Portanto, uma vez que os parâmetros avaliados são diferentes entre XCC e XCO, as estratégias e os métodos de treinamento desenvolvidos para alcançar um desempenho superior devem ser específicos para cada formato de competição. Por fim, a proposta do estudo quatro foi avaliar se a massa corporal e a composição corporal podem ter alguma relação com medidas de desempenho no XC-MTB, tal como PO e tempo até exaustão. Quarenta ciclistas amadores do XC foram submetidos a realização de medidas antropométricas e de um teste incremental em cicloergômetro. Nossos achados mostram que a massa corporal e a massa de gordura estão associadas com as medidas de desempenho do XC-MTB, mas a massa livre de gordura, não.