A geografia de poder e a literatura como ponte para o reconhecimento da linha divisória entre o Ocidente e o Oriente: os dois mundos de Ahdaf Soueif em The Map of Love (1999) e In the Eye of the Sun (1992)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Stefane Soares lattes
Orientador(a): Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues lattes
Banca de defesa: Dutra, Paulo Roberto de Souza lattes, Martins, Anderson Bastos lattes, Ribeiro, Gilvan Procópio lattes, Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5658
Resumo: Neste trabalho, analisamos a literatura produzida pela escritora egípcia Ahdaf Soueif nas obras The Map of Love (1999) e In the Eye of the Sun (1992). Em ambos os livros a autora cria em suas narrativas um enredo de viagem que permite às suas personagens protagonistas a permuta entre Oriente e Ocidente/Ocidente e Oriente. Subalternas da própria experiência, essas personagens procuram respostas às produções de sentido culturalmente vivenciadas pelos sujeitos desses pólos geográficos reconfigurando, assim, suas histórias locais e a hegemonia do conhecimento ocidental. A descolonização do pensamento julga a colonialidade do poder e critica os saberes do discurso europeu. Ao reconstruir os paradigmas o subalterno desenvolve o pensamento liminar, pois coloca em ênfase as variadas significações do sentido, teorizando sobre os impactos desses diversos sentidos na vida do sujeito. É isso que permite à Soueif (2004) a elaboração do conceito “mezzaterra” (um lugar comum). As personagens sofrem a corporificação desses sentidos, o que Hans Ulrich Gumbrecht (2010) denomina produção de presença. A educação das personagens protagonistas permite – assim como a literatura pós-colonial é para Soueif –, o reconhecimento da influência do imperialismo e a atuação das classes reacionárias sobre o exterior. O conhecimento e a experiência, porém, expõe a proximidade entre oriental e ocidental através das articulações entre culturas, assimilações e reformulações: o processo de transculturação.