Negociação de sentido e exercícios de poder no documentário: o caso de Os dias com ele

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Macedo, César Ramos lattes
Orientador(a): Melo, Luís Alberto Rocha lattes
Banca de defesa: Soares, Sérgio José Puccini lattes, Tavares, Denise lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes
Departamento: IAD – Instituto de Artes e Design
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12709
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo verificar o grau de correlação de forças contido nas possíveis relações de poder existentes entre personagens e diretores durante o processo de produção. Temos por pressuposto que as relações entre estas partes são assimétricas na medida em que o diretor possui como vantagem à sua disposição todo o aparato cinematográfico e é capaz e manipular a forma como as informações concedidas por seus entrevistados serão exibidas e recebidas pelos expectadores, especialmente por conta do processo de montagem do filme. A fim de investigar tal questão, realizamos um estudo de caso a partir do exame profundo do documentário “Os dias com ele”, dirigido por Maria Clara Escobar (2013). Procedemos também uma revisão bibliográfica com o retrospecto na história da tradição documental no cinema, verificando de que forma as vozes dos outros foram utilizadas, desde a década de 1960 até os dias de hoje. Por fim, vimos como as relações de poder se dão no mencionado documentário a partir de sua singularidade determinada pelas múltiplas dimensões de relação que ligam diretora e protagonista, carregando consigo tanto determinações estruturais de relações sociais de poder quanto determinações singulares da relação parental, o que coloca o filme em um lugar de análise complexo e contraditório.