Saberes em movimento: futuros professores de história e seus sentidos de antiguidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Almeida, Ludmilla Savry dos Santos lattes
Orientador(a): Miranda, Sonia Regina lattes
Banca de defesa: Pereira, Júnia Sales lattes, Oliveira, Sandra Regina Ferreira de lattes, Freitas, Maria Teresa de Assunção lattes, Ferrari, Anderson lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/208
Resumo: Futuros professores, durante seu processo de profissionalização, (re)elaboram constantemente seus saberes, que devem ser considerados saberes docentes em formação. Para o início do curso de Graduação, eles trazem saberes anteriores, socialmente construídos, que passam a conviver e confrontar-se com outros saberes, característicos de sua disciplina. Compreender como se efetiva esse relacionamento entre modalidades distintas de saberes docentes é um desafio que interessa a um amplo universo de áreas de conhecimento distintas. A presente tese trata dessa questão mais abrangente a partir de uma abordagem específica que incorpora reflexões teóricas oriundas do campo do Ensino de História e da própria natureza do conhecimento histórico, principalmente no que se refere à História Antiga, a fim de perceber como a compreensão da História Antiga, bem como suas implicações em relação à compreensão de tempo e conhecimento histórico se modifica no jovem futuro professor ao longo do curso de Graduação. Para que essas alterações pudessem ser visualizadas, foi necessário estabelecer uma análise comparativa entre os conceitos expressos nos discursos dos alunos iniciantes e concluintes. Tal levantamento foi realizado entre os anos de 2011 e 2014 com discentes do curso de História da Universidade Federal de Juiz de Fora. As vozes desses alunos foram captadas através de questionários (sistematizados pela ferramenta wordle disponível na internet) e atividades propostas em sala de aula com alunos ingressantes e formandos. Também foi realizado um grupo focal com alunos concluintes para debater como eles avaliam as transformações ocorridas de seus saberes, principalmente como eles (re)constroem os sentidos que atribuem à Antiguidade como período histórico e de que forma a associam às discussões que envolvem o significado do Ensino de História. Para embasar as reflexões que foram desenvolvidas nessa pesquisa, foi necessário estabelecer um diálogo com autores como Maurice Tardif, no que se refere à questão dos saberes docentes; Walter Benjamin a respeito das múltiplas possibilidades de articulação entre as dimensões temporais do presente, passado e futuro; François Hartog, Jacques Revel e Fernando Catroga sobre do conceito de usos políticos do passado e Reinhard Koselleck, acerca do conceito moderno de História. Na análise dos discursos dos alunos acerca dos sentidos de Antiguidade foi essencial a inclusão de conceitos de Mikhail Bakhtin.