O gabinete da conciliação: atores, ideias e discursos (1848-1857)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ferraz, Paula Ribeiro lattes
Orientador(a): Barbosa, Silvana Mota lattes
Banca de defesa: Martins, Maria Fernanda Vieira lattes, Dantas, Monica Duarte lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2443
Resumo: O presente trabalho analisa o 12º gabinete do Segundo Reinado, conhecido como Gabinete da Conciliação (1853-1857). O objetivo é compreender a motivação, implementação, recepção e resultados da política da conciliação na década de 1850. Pois, embora a conciliação fosse parte da cultura política do Império, especialmente até 1870, D. Pedro II, Paraná e seu grupo souberam utilizar esta cultura política de modo a efetivar um projeto de governo, que até o momento não havia sido concretizado. O foco desta pesquisa, portanto, é o processo de apropriação desta cultura política e a gestão de um projeto político entre os anos de 1848 e 1857. Assim, buscando afastar das correntes historiográficas que limitam, cada uma a seu modo, a leitura da dinâmica política dos anos de 1850, e a partir de um viés que considera as crises, os conflitos, bem como os destoantes discursos de oposição, a presente pesquisa compreende o Gabinete da Conciliação como o resultado de uma soma de elementos, que tomados separadamente perdem seu valor explicativo. Neste sentido, a Conciliação não foi nem a consequência natural da maturidade política do Império e dos partidos, nem a obra “maquiavélica” de uma parcela dos estadistas, interessados em enganar seus adversários. Além da maturidade política de D. Pedro II, que embora não deva ser supervalorizada, não pode ser negada, a Conciliação foi a política escolhida para solucionar os problemas surgidos a partir de 1848, que colocou fim ao predomínio liberal e marcou a volta dos conservadores. Por outro lado, os projetos de reforma judiciária e eleitoral apresentados pelo gabinete devem ser analisados como episódios significativos dos debates surgidos ainda na década de 1840 e que estão estreitamente ligados à questões mais amplas, como o processo de formação do Estado Imperial e o estabelecimento de um sistema político moderno e eficaz.