Temperament of captive Vinaceous-breasted Amazon Parrot (Amazona vinacea Kuhl, 1820) and individual differences in the responses to environmental enrichment

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ramos, Gabriela de Araújo Porto lattes
Orientador(a): Sant’Anna, Aline Cristina lattes
Banca de defesa: Nogueira, Selene Siqueira da Cunha lattes, Prezoto, Fabio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14196
Resumo: O temperamento está relacionado ao modo com que os animais respondem a novos ambientes, coespecíficos e a potenciais riscos como a predação. Assim, o conhecimento sobre essa característica em papagaios-do-peito-roxo (Amazona vinacea, N = 13) cativos pode ser utilizado para melhorar a qualidade de vida de animais em cativeiro e aumentar o sucesso dos programas de reintrodução. Portanto, os objetivos do presente estudo foram: a) investigar as relações entre temperamento, habilidade de voo e a reação dos animais à oferta de alimento pelo ser humano; b) avaliar se as respostas comportamentais ao enriquecimento ambiental diferem em relação ao temperamento e habilidade de voo. Foram realizados três testes de temperamento (teste do novo objeto, teste de reação à pessoa desconhecida e teste do potencial predador) e avaliações comportamentais através de um etograma, em duas fases: sem enriquecimento ambiental e com ambiente enriquecido. Além disso, testes de habilidade de voo e oferta de alimento também foram realizados para avaliar comportamentos considerados importantes para a sobrevivência na natureza. Quatro dimensões do temperamento foram descritas (‘vigilância’, ‘propensão ao risco’, ‘atividade’, ‘sociabilidade’). Houve efeitos significativos do enriquecimento ambiental para os comportamentos de repouso (P = 0,011), alimentação (P = 0,014), alolimpeza (P = 0,024) e interação com o ambiente (P = 0,001). Em relação aos efeitos do temperamento no comportamento dos papagaios, animais classificados como ‘vigilantes’ passaram menos tempo se alimentando (P = 0,03) no comedouro e interagindo com o ambiente (P = 0,006) do que aqueles classificados como ‘indiferentes’. Também observamos efeitos significativos da habilidade de voo no comportamento, papagaios com habilidade de voo reduzida passaram significativamente mais tempo em autolimpeza (P = 0,037), apresentaram menor frequência de vocalizações (P = 0,009) e tenderam menos a entrar em conflitos (P = 0,069) do que aqueles com alta habilidade de voo. Papagaios que voaram melhor tenderam a interagir mais (P = 0,061) com os itens de enriquecimento do que os com menor capacidade de voo. Assim, sugerimos que o desempenho de voo e o temperamento de animais em cativeiro sejam considerados ao planejar e executar técnicas de enriquecimento ambiental.