Impacto da terapia periodontal na mucosite oral e identificação de microrganismos orais prevalentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Novaes, Cristina de Paula lattes
Orientador(a): Chaves, Maria das Graças Afonso Miranda lattes
Banca de defesa: Jales, Sumatra Melo da Costa Pereira lattes, Hallack Neto, Abrahão Elias lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3638
Resumo: Introdução: A doença periodontal (DP) e mucosite oral (MO) são condições imunoinflamatórias que podem ser caracterizadas pela presença constante de inflamação sistêmica e bacteremia. Objetivo: Avaliar o impacto da terapia periodontal na MO e investigar a ocorrência de patógenos periodontais em pacientes submetidos à quimioterapia para tumores sólidos e prévia ao transplante de medula óssea (TMO) Métodos: Avaliação dos dados sócio demográficos, dados da quimioterapia e comorbidades, além de avaliação sistemática orofacial. Estas ocorreram previamente e entre 7 a 14 dias após início da quimioterapia no grupo saúde periodontal (GSP). No grupo doença periodontal (GDP) somente após início da quimioterapia, 7 a 14 dias. A mucosa oral foi examinada para avaliar a presença e grau da MO induzida por quimioterapia. Ainda, testes clínicos para diagnóstico de disfagia, avaliação de xerostomia e qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHIP-14); e classe socioeconômica dos pacientes. Foram coletadas em ambos grupos, amostras subgengivais através da inserção de cones de papel estéreis, nos períodos descritos acima. Análise e quantificação da densidade bacteriana para cada espécie e número total de patógenos periodontais do “complexo vermelho” determinadas através do ensaio biomolecular de FISH (hibridação in situ fluorescente). Resultados: 51 pacientes com idade média de 51.1, sendo 38(74.5%) do sexo feminino e classe socioeconómico C 22(43.1%) predominante. Mama foi o local do tumor primário mais acometido 21(41.1%) e a doxorrubicina agente quimioterápico 22(43.1%) prevalente. A morbidade mais associada a hipertensão 20(39.2%). GSP incluiu 33 pacientes e GDP 18 pacientes. Análises estatísticas revelaram que as distribuições dos pacientes em relação à incidência de MO não diferiu entre estes grupos. Grau 1 de MO foi o mais incidente. Dezesseis(31%) pacientes desenvolveram MO, 9(56.2%) submetidos ao regime de condicionamento quimioterápico prévio ao transplante, 7(43.7%) em quimioterapia comum para tumores sólidos. Na qualidade de vida relacionada à saúde bucal, pacientes com complicações bucais mostraram média OHIP-14 de 1.36, enquanto aqueles sem complicações bucais média de 0.56, após quimioterapia para tumores sólidos. Conclusão: A saúde periodontal, pode afetar a incidência e grau da MO induzida por quimioterapia. Observando-se apenas pacientes com saúde periodontal submetidos ao regime de condicionamento quimioterápico e quimioterapia convencional, encontrou-se menor incidência de MO, comparado a evidências científicas. A necessidade de inclusão de pacientes com periodontite grave para avaliar essa relação dificultou tal julgamento.