Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Terezila Barra Silva de
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Orientador(a): |
Nogueira, Elza de Sá
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Banca de defesa: |
Mendes, Marco Aurélio de Sousa
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Silva, Felipe Bastos Mansur da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras)
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11177
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Resumo: |
Esta pesquisa foi realizada numa turma de 9º ano da EJA de uma escola da rede municipal de Leopoldina, cidade da Zona da Mata mineira. Utilizando a metodologia da pesquisa-ação, o primeiro passo foi proporcionar aos alunos um exercício de autoconhecimento como leitores e torná-los conscientes do pertencimento a uma comunidade de leitores: aquela que se constitui em sala de aula. Diante da percepção de seu precário contato com o texto literário, elaboramos uma proposta interventiva que lhes permitisse experenciar de forma intensa a potência comunicativa da ficção face à realidade e que cumprisse o objetivo de ampliar seu repertório literário. A proposta elegeu, então, a leitura compartilhada e protocolada de textos com diferentes graus de elaboração ficcional sobre o tema comum do holocausto, de modo a proporcionar a apropriação dos recursos da metáfora, do fantástico e da metaficcção respectivamente na construção das obras Diário de Anne Frank, o prólogo de O orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares, de Ranson Riggs, e a (auto)biografia em quadrinhos Maus, de Art Spiegelman. Os pressupostos teóricos que fundamentaram a pesquisa foram: o repertório do texto, de Wolfgang Iser; o polissistema literário, de Even-Zohar; a comunidade de leitores, de Roger Chartier; de metáfora e metaficção, de Gustavo Bernardo e de fantástico, de Zvetan Todorov. Como resultados, analisamos que o tema do holocausto mobilizou os alunos para a leitura das obras selecionadas, tendo havido especial identidade com a de Anne Frank. Em termos da ampliação de repertório, o uso da metáfora como forma de compreender o desconhecido foi bem compreendido pelos alunos, tendo sido empregado num exercício de autoria criativa. A metaficção teve uma compreensão inicial bem-sucedida, cujo aprofundamento exigiria nova pesquisa. Já a oscilação fantástica entre o literal e o metafórico não foi compreendida pelos alunos, os quais cobraram da obra em questão ser uma expressão literal da realidade. Concluímos que, sendo a construção de repertório algo contínuo, é tarefa do professor partir desse novo quadro e traçar objetivos pertinentes a ele que possam nortear a próxima intervenção. |