Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Borges, Kátia Franciele Corrêa
 |
Orientador(a): |
Jesus, Ronaldo Pereira de
 |
Banca de defesa: |
Lobo, Valéria Marques
,
Ferreira, Jorge Luiz
,
Goodwin Junior, James William
,
Franccaro, Glaúcia Cristina Candian |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
|
Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10281
|
Resumo: |
Este estudo – desenvolvido na linha de Pesquisa em Poder, Mercado e Trabalho – teve como objetivo investigar parte do processo histórico que envolveu as relações sociais das mulheres empregadas na Fábrica de Tecidos do Biribiri, Diamantina-MG. A partir da investigação das particularidades que permearam o cotidiano vivenciado no âmbito da vila operária, especialmente envolvendo a fábrica e a igreja, a tese visa abordar o perfil social e cultural das operárias. O recorte temporal foi estabelecido entre os anos de 1918 e 1959, período assinalado por conquistas no campo dos direitos sociais e também pela intensificação das ações da Igreja Católica na região. Seguindo a metodologia do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg, rastreamos os indícios e os sinais deixados pelas operárias nas atas das reuniões da Associação Filhas de Maria e do Apostolado da Oração, bem como nas fichas cadastrais relacionadas aos recursos humanos. O resultado nos revelou um mundo do trabalho assinalado por uma cultura popular, pela divisão sexual das ocupações e pelas relações paternalistas. As festas de devoção aos santos católicos, sobretudo a Virgem Maria, foram frequentes e revisitadas por nós. As mulheres representavam grande parte da mão de obra contratada, e os setores que mais absorveram a referida mão de obra, foram a fiação e a tecelagem. Os direitos sociais foram igualmente instituídos pela legislação trabalhista e incorporados pela fábrica. De uma forma mais específica, a “fabrica do Bispo” transformouse na fábrica das Marias, das Joanas, das Agostinhas, das Rosálias, das Franciscas, das Cecílias, das Jovitas, das Odílias, das Luízas e tantas outras “mulheres do povo”, cujas rotinas consistiam em fiar, tecer e rezar. Esta tese foi desenvolvida no âmbito da História Regional e pretende contribuir para com estudos de cunho regional na História das mulheres, do trabalho e da cultura. |