Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Pedro Henrique Berbert de
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Orientador(a): |
Ferreira, Maria Elisa Caputo
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Banca de defesa: |
Alvarenga, Marle dos Santos
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Kakeshita, Idalina Shiraishi
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Werneck, Francisco Zacaron
,
Lourenço, Lélio Moura
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1821
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Resumo: |
No Brasil, assim como em outros países, a imagem corporal, considerada construto complexo e multidimensional, é estudada em diversas áreas de estudo, em especial na Psicologia, Psiquiatria, Nutrição e Educação Física. No entanto, as pesquisas relacionadas ao tema não têm encontrado suporte em um modelo teórico próprio para a realidade brasileira. Portanto, esta pesquisa teve como objetivo adaptar e avaliar o Tripartite Influence Model (Thompson, Heinberg, Altabe, & Tantleff-Dunn, 1999) de imagem corporal, para adultos jovens brasileiros. Este estudo quantitativo, de corte transversal, foi realizado com uma amostra por conveniência de 2137 adultos jovens do sexo feminino e masculino, entre 21 e 35 anos de idade, estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação de Instituições Públicas e Privadas de Ensino Superior das cinco regiões brasileiras. Foram aplicados oito instrumentos, a saber: questionário sociodemográfico, Critério de Classificação Econômica Brasil, Tripartite Influence Scale, Sociocultural Attitudes Towards Appearance Questionnaire-3, Body Checking Questionnaire ou Male Body Checking Questionnaire, Body Shape Questionnaire, Drive for Muscularity Scale e Questionário simplificado para triagem de comportamentos de risco para transtornos alimentares. O modelo teórico proposto foi testado por meio da Modelagem de Equações Estruturais (SEM), recorrendo-se ao teste χ2 e alguns índices de ajustamento. Foi avaliada a associação entre as variáveis de estudo (coeficiente de correlação de Pearson) e realizados testes de comparação entre os sexos (teste t independente) e entre as regiões brasileiras (ANOVA one-way) quanto às variáveis que compõem o modelo teórico. Teste χ2 de Pearson foi utilizado para comparar as frequências observadas quanto à prática de exercício físico, uso de suplementos alimentares e esteroides anabólicos. Os resultados demonstraram que as mulheres apresentaram escores mais elevados e significativamente diferentes dos homens para as variáveis: influência dos pais, amigos e mídia, insatisfação com o peso corporal e comportamentos de risco para transtornos alimentares. Por sua vez, homens obtiveram maiores escores em: insatisfação com a muscularidade e comportamentos de mudança corporal. Verificou-se diferença nas frequências de prática de exercício físico e uso de suplementos alimentares, viii sendo maior nos homens. Entre as regiões brasileiras foram identificadas diferenças estatisticamente significativas, tanto para mulheres, quanto para homens, o que demonstra particularidades quanto a aspectos da imagem corporal e dos comportamentos de risco para transtornos alimentares das regiões brasileiras. As análises de associação identificaram relação entre todas variáveis endógenas e exógenas do modelo teórico para ambos os sexos. O modelo teórico final para mulheres, após ajustes com base conceitual apresentou adequado ajuste (χ²(2064) = 6793,232; p = 0,0001; χ²/gl = 3,29; CFI = 0,82; PCFI = 0,79; RMSEA = 0,056 [IC90% = 0,053-0,057]). O modelo final masculino, igualmente, após ajustes apresentou adequados índices (χ²(2790) = 10548,421; p = 0,0001; χ²/gl = 3,78; CFI = 0,78; PCFI = 0,75; RMSEA = 0,064 [IC90% = 0,062-0,065]). Pode-se concluir que o Modelo dos Três Fatores adaptado para a realidade brasileira é válido e permite compreender o desenvolvimento de distúrbios de imagem corporal e a adoção de comportamentos de risco para transtornos alimentares de jovens adultos de ambos os sexos. |