Efeitos do tratamento não cirúrgico da periodontite crônica sobre marcadores inflamatórios em pacientes com doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vilela , Eduardo Machado lattes
Orientador(a): Bastos, Marcus Gomes lattes
Banca de defesa: Chaves Filho, Henrique Duque de Miranda lattes, Gerlach, Raquel lattes, Andrade, Luiz Carlos Ferreira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2052
Resumo: Este é um estudo de intervenção clínica controlado. O propósito do presente estudo foi avaliar o impacto do tratamento periodontal (TP) sobre marcadores sistêmicos da inflamação e determinar uma associação entre pró-hepcidina (pró-hormônio da hepcidina) e periodontite crônica (PC) em pacientes com doença renal crônica (DRC) que ainda não foram submetidos à diálise. Nesse estudo foram incluídos 56 pacientes com PC moderada a severa, sendo 36 com DRC (grupo DRC) e 20 sem doença sistêmica e com função renal normal (grupo controle). A DRC foi definida de acordo com K/DOQI da National Kidney Foundation. A PC foi definida segundo a Associação Americana de Periodontia (AAP) pelo nível de inserção clínica (NIC) e profundidade de sondagem (PS). Os participantes receberam tratamento periodontal não cirúrgico e os marcadores inflamatórios, proteína C-reativa ultrassensível (PCRus), interleucina-6 (IL-6) e pró-hepcidina foram avaliados antes do TP e três meses após. Os resultados obtidos comprovaram a eficácia do TP com a redução significativa dos valores de NIC e PS no grupo controle (2,37±0,40 vs. 2,02± 0,43, p <0,05 e 2,52±0,41 vs. 1,98± 0,40, p <0,05) e no grupo DRC (2,92±0,92 vs. 2,20± 0,65, p <0,05 e 2,90±1,13 vs. 1,99± 0,82, p <0,05). O TP resultou em uma diminuição estatisticamente significativa nos níveis de PCR-us e IL-6 em ambos os grupos. Adicionalmente, houve uma queda significativa na dosagem sérica de próhepcidina (ng/mL) após o TP tanto no grupo controle (147,39±51,50 vs. 131,72±47,10, p <0,05) quanto no grupo com DRC (166,24±55,70 vs. 153,29±56,90, p <0,05). Além disso, no modelo de regressão linear multivariada, a redução dos níveis de pró-hepcidina após TP foi significativamente e independentemente associada com níveis de IL-6 (p=0,02) no grupo controle. Portanto, concluiu-se que a PC moderada a severa em pacientes com DRC, pode determinar aumento da resposta inflamatória sistêmica. O TP eficaz pode induzir um declínio dessa carga inflamatória sistêmica e uma diminuição na pró-hepcidina sérica. Esta terapia pode constituir uma importante intervenção na melhoria da inflamação observada em pacientes com DRC.