Epistemologia e política em Helvétius
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Filosofia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00468 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14655 |
Resumo: | A presente dissertação tem como objetivo apresentar e analisar as teses do filósofo ClaudeAdrien Helvétius (1715-1775), sob um enfoque epistemológico. Sua teoria filosófica se insere no contexto do movimento iluminista francês do século XVIII. Insere-se também na tradição da teoria do conhecimento do empirismo inglês do século anterior. De acordo com essa escola filosófica, os conhecimentos humanos têm sua origem nas sensações ou experiências dos cinco sentidos, não existindo ideias inatas – que de acordo com a escola racionalista fundamentam todo conhecimento humano. A teoria de Helvétius se insere também no movimento denominado materialismo, embora o filósofo não se assuma explicitamente como tal. Com argumentos e desenvolvimentos próprios, ela adere àquele pressuposto colocado em evidência pelo filósofo Julien Offray de la Mettrie (1709-1751), segundo o qual os conteúdos mentais, como as ideias e sentimentos, são um efeito da matéria. A teoria de Helvétius demonstra o modo como a vida mental do homem se origina das sensações e de como a organização peculiar do homem, que ele denomina de sensibilidade física, determina as capacidades e faculdades humanas. Essa sensibilidade é inteiramente material, pois se distingue unicamente por sua peculiar organização, que no homem adquire uma complexidade que está fora do escopo da filosofia investigar, sendo, pois, atinente às ciências empíricas. O filósofo se utiliza do método da redução para demonstrar que as ideias e sentimentos podem ser reduzidos às sensações físicas e que o prazer e a dor fundamentam todo o comportamento. A ética e epistemologia, nesse sentido, podem ser explicadas a partir dos princípios que determinam a conduta humana. |