Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Veras, Priscila Monteiro
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Orientador(a): |
Felício, Diogo Carvalho
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Banca de defesa: |
Hespanhol Junior, Luiz Carlos
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Abreu, Marcus da Mata
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
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Departamento: |
Faculdade de Fisioterapia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11182
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Resumo: |
Introdução: As características da corrida no solo e esteira são distintas e o risco de lesão e fatores associados inerentes a cada modalidade devem ser investigados de forma isolada. Atualmente, não há estudos prospectivos e incidência sobre lesões em corredores de esteira. Objetivo: Verificar a incidência de lesões em corredores exclusivos de esteira e os principais fatores associados. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal (UFJF) (2.362.240/2017). Foram incluídos corredores recreacionais, que treinavam somente em esteira motorizada com idade entre 18 a 60 anos, de ambos os sexos, que realizavam corrida regularmente há pelo menos três meses e que corriam pelo menos 10 quilômetros por semana. Foram excluídos corredores com autorrelato de dor ou desconforto musculoesquelético nos membros inferiores e tronco na linha de base do estudo. Para caracterizar a amostra foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos e características do treinamento. A incidência de lesões foi investigada a cada duas semanas por um período de 24 semanas. Para análise foram investigados a pressão plantar, força muscular (prancha frontal, flexores, extensores, abdutores e rotadores externos do quadril e extensores do joelho), amplitude de movimento (rigidez passiva do quadril e dorsiflexão de tornozelo), alinhamento de membros inferiores (comprimento, perna-antepé, ângulo Q) flexibilidade (isquiossurais) e equilíbrio dinâmico (Y teste). Comparações entre os grupos foram investigadas pelos testes t de Student, Mann-Whitney ou Qui-quadrado. Para estimar a relação entre os fatores associados e a incidência de lesões foi utilizado a análise de regressão logística expressa como razão de chances (OR) e intervalo de confiança de 95%. Para verificar as interações dos fatores associados foi utilizado o modelo multivariado e não paramétrico Classification and Regression Tree (CART). A acurácia do modelo foi examinada pela curva Receiver-Operating Characteristic (ROC). Resultados: 37 corredores completaram o estudo, na linha de base não houve diferença significativa entre os grupos. A incidência de lesões foi de 6,8 por 1000 horas de exposição. Foram registradas 13 lesões. Na análise de regressão não foram observadas associações significativas entre os fatores associados. Quanto ao modelo parcimônico da CART a primeira variável selecionada para dividir a amostra foi força de flexores do quadril, com ponte de corte de 9,7 Kgf/kg, sendo que 3 corredores lesionados foram classificados com valores inferiores ao ponte de corte. Uma nova variável, força dos extensores do joelho foi selecionado para subdividir o nó 2, com ponto de corte de 57,5 kgf/kg, sendo 3 corredores lesionados classificados com valores inferiores (nó 3). A CART classificou corretamente 7 corredores lesionados (70%) e 24 corredores não lesionados (88,9%), sendo a predição correta total do modelo de 83,8%. Conclusão: A incidência de lesões em corredores de esteira foi de 6,8 por 1000 horas de exposição a corrida. Dentre os principais fatores associados destacam-se a força de flexores de quadril e extensores de joelho. |