Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ana Cristina Lopes dos
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Orientador(a): |
Martins, Marta Fonseca
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Banca de defesa: |
Teodoro, Vanessa Aglaê Martins
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Siqueira, Kennya Beatriz
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados (EPAMIG)
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17670
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Resumo: |
Os produtores de queijos artesanais enfrentavam, até pouco tempo, barreiras comerciais devido à falta de investimento e à burocratização regulatória imposta pelos órgãos regulamentadores que restringiam a venda de produtos produzido a partir de leite cru apenas ao comércio local, muitas vezes centralizado no próprio município. O cenário comercial para pequenos produtores de queijos expandiu após a publicação de legislações voltadas para produtos artesanais de origem animal, permitindo que estes produtos fossem comercializados em outros estados. Consequentemente, a concorrência entre os produtores artesanais aumentou, exigindo a criação de estratégias para o posicionamento de suas marcas no mercado artesanal. O Programa de Autocontrole (PAC) são documentos elaborados, desenvolvidos e implementados pelos estabelecimentos com a finalidade de garantir produtos seguros e com qualidade e identidade condizentes com as normas. O PAC incluí Boas Práticas de Fabricação, Procedimentos padronizados de higiene operacional (PPHO) e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Para os produtores artesanais de queijos são exigidos somente a implementação de dois autocontroles: Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Boas Práticas Agropecuárias (BPA). O presente trabalho teve por objetivo verificar e investigar o nível de implementação dos PAC nas queijarias produtoras de queijo artesanal de Alagoa (MG) e a percepção dos produtores quanto à utilização desta ferramenta em relação à qualidade de queijos artesanais. A metodologia utilizada foi entrevista gravada com produtores artesanais e aplicação de questionário com perguntas baseadas na legislação com o intuito de captar a percepção dos produtores quanto as BPF. A metodologia utilizada para avaliar as perguntas abertas sobre percepção foi a do Discurso do Sujeito Coletivo. Observou-se que parâmetros de BPF e BPA, itens de autocontroles exigidos para produtores artesanais não foram atendidos na sua integridade ou estavam parcialmente implementados. Observou-se que os produtores de queijos artesanais de Alagoa têm a percepção da importância da BPF e da BPA, mas a implementação do PAC ainda é limitada. Como conclusão, para solucionar essa deficiência identificada nas queijarias, recomenda-se a estruturação de um programa de aperfeiçoamento de gestão estratégica da qualidade para produtos artesanais pelas queijarias, bem como a implementação de políticas públicas que desenvolvam projetos de extensão para proporcionar conhecimento técnico e orientação aos produtores. |