Interação espacial e os efeitos da mudança na produtividade: uma avaliação para o Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pio, João Gabriel lattes
Orientador(a): Perobelli, Fernando Salgueiro lattes
Banca de defesa: Gonçalves, Eduardo lattes, Faria, Weslem Rodrigues lattes, Haddad , Eduardo Amaral lattes, Porsse, Alexandre Alves lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13462
Resumo: A mudança tecnológica tem emergido como um dos tópicos mais relevantes nas discussões de políticas de desenvolvimento regional. O progresso tecnológico, que se manifesta em termos de busca por ganhos de produtividade, está relacionada aos seus efeitos sobre o futuro econômico e ao comportamento dos agentes. Por esse aspecto, os mecanismos de transmissão podem produzir efeitos redistributivos significativos, tanto setoriais quanto regionais. Especificamente, as transações econômicas, a heterogeneidade regional e os efeitos da localização são importantes canais de transmissão, podendo amplificar e/ou reduzir os impactos de políticas e gerar convergência ou divergência entre regiões. No contexto brasileiro, ao longo da primeira década dos anos 2000, diversas medidas e programas foram implementados com o objetivo de obter ganhos de produtividade e promover o desenvolvimento regional. No entanto, os resultados não foram percebidos, em consequência da não consideração dos aspectos regionais e/ou a não compreensão dos mecanismos de transmissão. Portanto, o propósito geral desta tese foi investigar os efeitos feedbacks, setoriais e regionais, em decorrência dos distúrbios na produtividade total dos fatores. Tal investigação foi realizada mediante a construção de um modelo de Equilíbrio Geral Computável (EGC), que especifica 13 regiões e 16 setores da economia brasileira. Além disso, também foi incorporado ao modelo, elementos descritos pela Nova Geografia Econômica (NGE), como retornos não constantes à escala, possibilidade de produção de bens diferenciados e competição em um mercado em concorrência monopolística. Dentre as principais descobertas das simulações executadas, destaca-se que os distúrbios na produtividade total dos fatores podem ter implicações agregadas e regionais distintas, dependendo das regiões e dos setores afetados. Esses efeitos surgem, em parte, por meio de mudanças endógenas no padrão do comércio regional e pelo efeito de realocação produtiva que determina os tipos de bens que são produzidos e em quais regiões. Além disso, a distância regional produz efeitos positivos e negativos, dependendo do tipo de vínculo de interdependência setorial, que pode ser uma relação complementar ou competitiva.