Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora: escolarização e educação physica (1889 – 1911)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Vargas, Renata Correa lattes
Orientador(a): Cunha Junior, Carlos Fernando Ferreira da lattes
Banca de defesa: Gondra, José Gonçalves lattes, Yazbeck, Dalva Carolina de Menezes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2945
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar as representações sobre Educação e Educação Physica que circularam no âmbito dos discursos produzidos pelos agentes associados à Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora (SMCJF) entre 1889, ano de sua fundação, e a primeira década do século XX. Neste período, a SMCJF participou de um movimento articulado, especialmente pelos médicos, que propunha renovar a vida e as práticas sociais tornando-as mais higiênicas, saudáveis e modernas. As fontes utilizadas para nossas reflexões foram os Boletins publicados pela SMCJF entre 1889 a 1909; as Revistas Médicas de Minas; a obra Cidade Salubre (1911); correspondências; ofícios; discursos; relatórios de diretores e inspetores; telegramas; atas de reuniões de leitura dos Grupos Escolares; atas de exames e promoções; artigos do Jornal do Commercio. As reflexões sobre os documentos utilizados se fizeram à luz das propostas e questionamentos advindos da Nova História, particularmente das questões levantadas por Peter Burke e Le Goff, e se concretizaram através de análise documental. Consideramos que tal estudo seja pertinente aos debates atuais por levantar questões acerca da produção de discursos que influenciaram a educação no início da República. Percebemos que o discurso médico produzido pelos agentes associados à SMCJF defendeu a instituição escolar como lugar principal da tarefa educativa; analisou e prescreveu ações a serem implementadas em termos da educação escolar através de um detalhamento sobre seus espaços, tempos e saberes; e ressaltou a importância da Educação Physica e das práticas corporais como meio de disciplinamento dos escolares conscientizando-os para atitudes mais saudáveis.