Malária em aves silvestres da Mata Atlântica de Minas Gerais mantidas em cativeiro: diagnóstico parasitológico e molecular, e caracterização bioquímica e histopatológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tostes, Raquel Cristina lattes
Orientador(a): D’Agosto, Marta Tavares lattes
Banca de defesa: Nascimento, Aparecida Alves do lattes, Scopel, Kézia Katiani Gorza lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1208
Resumo: A malária é uma das doenças mais comuns entre as aves e vem causando danos às espécies em todo o mundo, podendo em muitos casos ser fatal. Pode causar alterações fisiológicas em diferentes órgãos, as quais podem ser caracterizadas por análises bioquímicas e por análises histopatológicas. Assim, os objetivos do presente trabalho foram verificar a prevalência e parasitemia de parasitos maláricos em aves silvestres em cativeiro da Mata Atlântica em Minas Gerais e realizar a caracterização bioquímica sérica e histopatológica das aves infectadas. Para isso, foram coletadas amostras de sangue de 119 aves e feitos esfregaços sanguíneos para cálculo da prevalência e parasitemia. Foi utilizada ainda a biologia molecular para cálculo da prevalência, comparando os resultados à microscopia. Para as análises bioquímicas e histopatológicas foram utilizadas seis aves infectadas e eutanasiadas pelo IBAMA. A prevalência média nas análises microscópicas foi de 83,19% e a parasitemia de 1,51%, enquanto que na biologia molecular foi de 82,5%. Os cortes histológicos demonstraram alterações no fígado, rins, baço e coração, provavelmente secundárias à infecção malárica, destacando-se no fígado, baço e rins a presença de pigmentação acastanhada, sugestiva de pigmento malárico ou hemozoína. Os valores das análises bioquímicas, valores da enzima ALT e de proteínas totais foram aparentemente mais altos em aves com parasitemia maior, diferente dos valores da AST, que foram aparentemente normais. É necessário considerar que parâmetros bioquímicos podem ser alterados por fatores internos e externos, o que pode explicar a diferença dos valores das enzimas encontrados no presente estudo com valores para outras espécies relatados na literatura. Sugere-se estudos visando estabelecer valores de referência de análises bioquímicas, que podem ser utilizadas como ferramenta para caracterização da saúde das aves silvestres.