Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Marina Aparecida Sad Albuquerque de
 |
Orientador(a): |
Pimenta, Francisco José Paoliello
 |
Banca de defesa: |
Vieira, Soraya Maria Ferreira
,
Alzamora, Geane Carvalho
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
|
Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6691
|
Resumo: |
No contexto do digital, as grandes reportagens passam a ser construídas e disseminadas na internet, com múltiplos códigos, sendo denominadas Grande Reportagem Multimídia (GRM). O objetivo é pesquisar as dificuldades de empresas tradicionalmente do jornalismo impresso no planejamento, produção e distribuição da GRM. A dissertação foi estruturada a partir da metodologia Pragmaticista de Peirce e, por isso, propusemos três sub-hipóteses de acordo com a Primeiridade, Secundidade e Terceiridade da Fenomenologia deste filósofo. Na primeira sub-hipótese, estão as dificuldades relacionadas às características intrínsecas da reportagem multicódigos, como sofisticação de linguagens de programação, softwares, velocidade da internet, falta de tempo e de investimento financeiro. Na segunda, aparecem as dificuldades de representar os temas utilizando os múltiplos códigos do digital. Por fim, na terceira, posicionamos as dificuldades relativas aos efeitos interpretativos e a competência midiática dos usuários, como a compreensão de uma matéria multicódigos, a capacidade de interação e navegação. Para o teste das sub-hipóteses, realizamos entrevistas com repórteres, fotógrafos, editores, chefes de reportagens, designers e programadores dos jornais Folha de S.Paulo e O Tempo que participaram da construção de GRMs e aplicamos questionários aos usuários que compartilharam posts sobre as matérias no Facebook ou deixaram comentários nas postagens publicados pelas empresas. Os resultados apontam que os softwares e linguagens de programação são de fácil manuseio, sendo que os maiores empecilhos são velocidade da internet, falta de tempo e de recursos financeiros. Constatamos que, como os profissionais envolvidos na construção da GRM são originalmente do impresso, têm dificuldades para produzir reportagens com vários códigos, o que é parcialmente superado por meio do trabalho em equipe. Verificamos ainda que não há um parâmetro para a utilização dos códigos e, por isso, utilizamos a teoria das Matrizes da Linguagem e do Pensamento para refletir sobre como as linguagens geradas na hibridização dessas matrizes tendem a representar seus objetos. Por fim, percebemos que os diversos códigos despertam sentimentos e ajudam na compreensão da temática. Não constatamos dificuldade de interação ou navegação, e os usuários até mesmo percorrem a GRM fazendo seu próprio caminho. Eles compartilham a matéria ou deixam comentários em posts nas redes sociais, mas não utilizam ferramentas para modificação da reportagem, não sabem como foi construída, mas percebem que os jornais defendem um ponto de vista. |