Prevalência da doença renal crônica nos estágios 3, 4 e 5, em segmento da população adulta submetida a exames laboratoriais por causas diversas em laboratório da rede particular do município de Juiz de Fora , MG, nos anos de 2004 e 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Bastos, Rita Maria Rodrigues lattes
Orientador(a): Teixeira, Maria Teresa Bustamante lattes
Banca de defesa: Abreu, Patrícia Ferreira lattes, Leite, Isabel Cristina Gonçalves lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4907
Resumo: A Doença Renal Crônica (DRC) é considerada hoje um problema mundial de saúde pública. Estudos que estimem a prevalência da epidemia, além de fornecerem um importante indicador epidemiológico, respaldam a elaboração de estratégias para a detecção de casos novos. No Brasil, a literatura é escassa e os métodos utilizados não contemplam os critérios diagnósticos sugeridos nas Diretrizes Brasileiras para a DRC. O presente trabalho teve como objetivos estimar a prevalência da DRC, utilizando registros de indivíduos submetidos a exames laboratoriais por causas diversas em laboratório da rede particular do município de Juiz de Fora, MG, durante os anos de 2004 e 2005, analisar a freqüência de detecção da doença entre as especialidades médicas e investigar o papel do ácido úrico como marcador de risco da doença renal. Realizou-se um estudo transversal para o reconhecimento da prevalência da DRC e, posteriormente, um desenho longitudinal não concorrente visando estimar a associação entre a presença de hiperuricemia prévia e a DRC. A detecção da doença foi consubstanciada pelo cálculo estimado da filtração glomerular utilizando-se a equação do estudo MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) e seguiu os critérios propostos pelo K/D0Q1 (Kidney Disease Outcomes Quality Initiatíve) para o diagnóstico e classificação. Encontramos uma prevalência de 9,6% da DRC, sendo 12,2% no sexo feminino, 5,8% no masculino, 25,2% entre os indivíduos com idade acima de 60 anos e 3,7% abaixo de 60 anos. Indivíduos com hiperuricemia apresentaram o dobro do risco de desenvolvimento da DRC quando comparados aos não portadores de hiperuricemia. Quanto às especialidades, observamos na Cardiologia uma maior potencialidade de detecção dos casos. Os resultados do presente estudo demonstram um aspecto operacional alternativo para otimizar a capacidade de detecção dos casos e fornece subsídios para estudos dos fatores relacionados à doença renal.