Afetividade na comunicação de grupos e comunidades: um estudo da rede digital Tear dos Sonhos
| Ano de defesa: | 2022 |
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| Autor(a) principal: |
Fernandes, Laís Lamas Meireles
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| Orientador(a): |
Musse, Christina Ferraz
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| Banca de defesa: |
Santana, Wedencley Alves
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| Tipo de documento: | Dissertação |
| Tipo de acesso: | Acesso aberto |
| Idioma: | por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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| Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: | |
| Área do conhecimento CNPq: | |
| Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00338 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14726 |
Resumo: | A pesquisa investiga a influência da afetividade na comunicação de grupos e de comunidades, e tem como objetivo verificar como este aspecto atua na sustentação destes agrupamentos. Diante da vivência em diferentes grupos, observou-se a fragilidade na continuidade ou desafios em sua condução. O estabelecimento da proposta de comunidade será utilizada na ferramenta Tear dos Sonhos, objeto escolhido para a observação de seus fenômenos, que tem como objetivo a realização de sonhos por meio do apoio coletivo entre pessoas. É um fenômeno recente, e registra-se no Brasil sua atuação a partir de 2016, cuja propagação ocorre através da oralidade entre as mulheres que participam para a formação de “mandalas” (pequenos grupos). A proposta é a vivência de um novo tipo de economia que se baseia na autogestão por quem participa, e possui o objetivo ousado de apoiar mulheres para a realização de seus sonhos através de presentes materializados por doação em dinheiro. O fato dessa ferramenta funcionar como um agrupamento digital, enquadrou-se diante da temática pesquisada para a realização do teste empírico durante a pandemia de Covid-19, ao longo do ano de 2020 e 2021. A partir desta percepção, levanta-se o papel da comunicação para a consistência e a manutenção destes arranjos coletivos. Por meio deste entendimento, a hipótese da pesquisa é que a presença da afetividade na comunicação pode ser um fator importante para a preservação e a continuidade dos grupos. Para isso, foi necessário gerar reflexões e ampliar significados em torno da definição do termo “afeto”. A metodologia utilizada é a “observação participante”, de Peruzzo (2016), pois tem-se o objetivo de participar ativamente do objeto analisado, enxergando as coisas de dentro, em conjunto com a “análise de conteúdo”, de Bardin (2011), para que se possa quantificar os dados coletados. Além disso, utilizaremos o suporte do significado de afeto, segundo a base teórica de Maffesoli (2014). Por ser um fenômeno não usual ou tradicional, a ferramenta digital chamou atenção e curiosidade, incluindo a possível relevância do estudo. Ancorada nas ideias de Bauman (2001), Castells (2003) e Felice (2014), a pesquisa tem como proposta refletir sobre o sentido de comunidade e de cooperação na atualidade. Em meio aos apelos individualistas, materiais, concorrenciais e ao grande volume informacional das tecnologias do mundo contemporâneo, observa-se o papel das conexões digitais em uma vertente de criação e de manutenção de vínculos sociais, possibilitando espaço para a formação de agrupamentos que carregam o sentimento comunitário. Enquanto resultado, entendeu-se que a afetividade na comunicação é um dos alicerces para a continuidade do grupo em questão, sendo verificada a presença do afeto em grande parte dos diálogos realizados. |