Perfil de eletrólitos e padrões de cristalização da lágrima de aves, répteis e humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lacerda, Ariane de Jesus lattes
Orientador(a): Oriá, Arianne Pontes
Banca de defesa: Oriá, Arianne Pontes, Gonzales, Astria Dias Ferrão, Portela, Ricardo Wagner Dias, Gondim, Leane Souza Queiroz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40347
Resumo: Objetivou –se com o presente estudo, descrever os eletrólitos presentes na lágrima de aves e répteis e associar estes valores a cristalização do filme lacrimal. Dez animais de cada espécie: Ara ararauna, Amazona aestiva, Tyto alba, Rupornis magnirostris, Chelonoidis carbonaria e Caiman latirostris, 5 Caretta caretta e 10 humanos foram submetidos a colheita de lágrima por meio do teste lacrimal de Schirmer. Aliquota foi posta em pool para avaliação das concentrações de proteínas totais, cloreto, fósforo, ferro, sódio, potássio, cálcio e ureia. Para o teste de cristalização da lágrima, amostras de cerca de 2µL de cada espécie fora colocadas em lâmina de vidro até completa secagem à temperatura e umidade controladas e observadas em microscópio de luz polarizada. Os padrões de cristalização foram classificados de acordo com as escalas de Rolando e Masmali. Houve maior quantidade de proteínas totais em humanos, seguido de coruja e jacaré. Relativamente a ureia lacrimal, foi obtido maior concentração na tartaruga marinha, seguida do jacaré e da coruja. Os valores obtidos dos eletrólitos mostraram balanço eletrolítico similar entre as espécies com valores elevados de sódio, cloreto e ferro. A classificação dos padrões de cristalização da lágrima na escala de Rolando variaram de I a II e de 0 a 2 para a escala de Masmali para aves; e de II a IV (Rolando) e 2 a 4 (Masmali) para répteis. Arranjos da cristalização de algumas espécies tiveram classificações maiores, todavia tal condição não pode ser atribuída a doenças, e possivelmente sejam derivadas da composição da lágrima. Não houveram semelhanças nos padrões de cristalização entre espécies filogeneticamente próximas ou expostas ao mesmo ambiente. No entanto, espécies marinhas e lacustres apresentaram maiores valores de classificação. O equilíbrio iônico do fluido lacrimal de aves e répteis possui um balanço semelhante ao descrito para humanos com maior presença de sódio e cloreto, contudo os cristais da lágrima apresentaram diferenças nos arranjos entre as espécies comparativamente aos humanos. As classificações da cristalização revelaram que graus e tipos maiores não necessariamente estão relacionados a quadros de enfermidade do filme lacrimal em animais silvestres.