Corpo e gênero em questão: (r)existências femininas nos espaços de educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vasconcellos, Letícia Araujo da Silva lattes
Orientador(a): Amaral, Aimberê Guilherme Quintiliano Rocha do lattes
Banca de defesa: Ferrari, Anderson lattes, Copolillo, Martha Lenora Queiroz lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14160
Resumo: Vivemos em uma sociedade onde os corpos femininos são desvalorizados e inferiorizados em relação aos corpos masculinos, e isso, infelizmente, também se encontra presente no campo da Educação, através da reprodução de ideias e comportamentos machistas. Essas atitudes acabam causando o silenciamento dos corpos das mulheres, os tornando cada vez mais coagidos, subordinados, passivos e, consequentemente, ao incorporar alguns desses comportamentos, estes corpos também se tornam reprodutores das desigualdades de gênero. Diante disso, percebemos o quanto ainda se faz necessário discutir sobre como é ser mulher na sociedade em que vivemos, sobre as opressões que sofremos no dia a dia, sobre o quanto estamos cercadas de preconceitos e marcadas por estereótipos corporais, e o quanto ainda temos que lutar por nossos direitos e espaços na sociedade, em pleno século XXI. A forma como lidamos com as questões de gênero, como estão estabelecidas hoje em dia, é uma grande injustiça, por isso, precisamos nos colocar, nos impor contra as opressões e as desigualdades, e não só as mulheres, mas os homens também. Para tanto, é necessário problematizar as visões dicotômicas que circulam no senso comum, a fim de romper com o que é posto como “natural” na sociedade, só assim, conseguiremos acabar com os preconceitos já estabelecidos. Contudo, sabemos que não há uma “receita” de como transformar a sociedade, mas acreditamos que existem formas de iniciar esse processo de (des)construção, e isso só é possível através da Educação. A partir disso, esta pesquisa se configura em uma abordagem qualitativa que se faz a partir de entrevistas, investigações, discussões e reflexões. Para participar deste estudo, foram selecionadas dez professoras com idades entre 25 e 51 anos e o tempo de magistério das entrevistadas varia entre 2 meses e 20 anos. Devido ao cenário de pandemia, o instrumento metodológico utilizado nesta pesquisa foi um questionário virtual com perguntas abertas, a fim de investigar, analisar e compreender, através das respostas das participantes, como estas vivem suas corporeidades e enfrentamentos com seu corpo, diante dos desafios da docência e diante da sociedade em que vivemos. Por fim, buscamos apontar possíveis caminhos para alcançar uma Educação Libertadora e Feminista, que seja capaz de enxergar, respeitar, valorizar e potencializar os corpos femininos que circulam nos espaços educacionais. E que, consequentemente, esta Educação possa formar sujeitos críticos e ativos na sociedade, capazes de romper com os preconceitos e com a reprodução de comportamentos machistas, promovendo, assim, uma possível equidade entre os gêneros.