Tratamento de asma em pacientes enuréticos: repercussão nos sintomas urinários
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00132 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14731 |
Resumo: | A associação enurese e Doenças Respiratórias do Sono já foi demonstrada, inclusive com resolução de dois terços ou mais dos casos de enurese, após cirurgia desobstrutiva das vias aéreas superiores (adenoidectomia e/ou amigdalectomia). Os enuréticos, também, têm maior chance de serem asmáticos. Questiona-se se essa associação entre enurese e asma está relacionada à presença concomitante de obstrução anatômica de vias aéreas superiores, já que, segundo a teoria da “via aérea unificada”, anormalidades das vias aéreas superiores e inferiores podem coexistir. Essa teoria, no entanto, não esclarece a associação já encontrada entre enurese e atopias como rinite, alergias alimentares ou testes cutâneos positivos. Foi avaliado se o tratamento da asma altera a evolução da enurese, em maiores de 5 anos, com ambas as doenças, e se existe algum fator preditivo associado a essa melhora. Vinte pacientes entre 5 e 12 anos, enuréticos e asmáticos não controlados, receberam tratamento para asma, após serem avaliados em consulta, quando um questionário aplicado ao responsável pela criança definia a presença de sintomas de rinite e outras alergias. A presença de obesidade foi definida no exame físico; a enurese primária avaliada através de diários de noites secas e miccional e a obstrução de vias aéreas superiores classificada através de videoendoscopia nasal. Foram excluídas as crianças menores de cinco anos, com doenças e/ou em uso de medicamentos que interferissem no funcionamento da bexiga ou esfíncter uretral, diabetes, doença falciforme, enurese secundária, asma controlada ou na recusa em participar do estudo. Após 6 meses de tratamento da asma, a melhora dos sintomas urinários foi avaliada, considerando melhora total de 99%, ou mais, e parcial de 50% a 99%. Uma melhora, pelo menos parcial, da enurese foi observada em 55% dos pacientes. O aumento da quantidade de noites secas, em 30 dias, no início e término da pesquisa, foi estatisticamente significativo: 64,4% (p = 0,010). Todos os pacientes apresentavam sintomas de rinite alérgica, o que impossibilitou o uso dessa variável nas análises. Observou-se que a variável “obesidade” não influenciou na melhora da enurese (OR = 0,361; IC 0,023-5,641), mas a “presença de outras alergias” e “alterações na videoendoscopia nasal” influenciaram positivamente na melhora dos sintomas urinários (OR = 3,350; IC 0,844-13,306) e (OR = 1,272; IC 0,480-3,370). O tratamento e o controle da asma, em crianças com enurese primária, resultou um aumento significativo das noites secas em 30 dias. |