Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Jena Hanay Araujo de |
Orientador(a): |
Carvalho, Regina Maria Leme Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16454
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Resumo: |
Este estudo visa investigar, conhecer e descrever as vivências cotidianas de mães de crianças enuréticas, considerando: os cuidados diários com os filhos, as vivências emocionais da mãe e da família, o tipo de ajuda procurada, as dificuldades encontradas na ajuda aos filhos e os aspectos sociais envolvidos. A técnica utilizada para a coleta dos dados foi a entrevista clínica. A análise foi qualitativa, tendo como suporte o referencial psicanalítico. A pesquisa foi realizada com uma população de baixa renda em Campinas/SP. Os resultados mostram que a enurese confirma-se como um fator desconfortável, que gera estigmas sociais e familiares, prejudicando o desenvolvimento psicossocial da criança. Contudo, não é o principal alvo de preocupação das mães com os filhos, sendo o assunto central a apreensão quanto à sobrevivência básica da família. Dentre os conflitos percebidos nas mães, com relação à enurese, estão: a sensação de mal estar que a urina provoca, a experiência de enurese na infância, a dificuldade na relação com os filhos, problemas conjugais e familiares. Além desses aspectos, existe uma angústia quanto à figura de mãe, havendo uma fantasia de ser uma mãe boa ou má. Os mecanismos de defesa utilizados são: projeção dos aspectos considerados como hostis, negação e cisão, dissociação e polarização dos afetos. A dinâmica psíquica inconsciente percebida nas mães pode gerar uma conduta inconsistente em suas atitudes com os filhos, pois são punitivas e impacientes em algumas ocasiões, ou tolerantes e permissivas em outras, o que faz com que a criança, por sua vez, tenha dificuldades de internalizar a noção de limites. Este tipo de conduta pode interferir no desenvolvimento emocional da criança, reforçando assim a enurese. É necessário acolher e orientar essas mães, para que elas se organizem melhor e aprendam a reconhecer suas limitações e conflitos, a fim de ajudar os filhos a lidar com as suas dificuldades. A pesquisa mostra a necessidade de ações preventivas e de promoção da saúde, que sejam adaptadas a essa população. |