A mística devocional (Bhakti) como experiência estética (rasa): um estudo do Bhakti-Rasāmrta-Sindhu de Rūpa Gosvāmī

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Valera, Lúcio lattes
Orientador(a): Loundo, Dilip lattes
Banca de defesa: Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes, Berkenbrock, Volney José lattes, Gnerre, Maria Lucia Abaurre lattes, Silvestre, Ricardo Sousa lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/178
Resumo: O Hinduísmo testemunhou no século XVI a consolidação da tradição devocional (bhakti), que se expressou notadamente por meio do Vaiṣṇavismo. Este movimento se es-palhou por todo o subcontinente indiano e teve como um dos seus principais personagens Caitanya Mahāprabhu (1486-1533). A tradição estabelecida por Caitanya teve no grande místico, filósofo e poeta Rūpa Gosvāmī (1489-1564) uma das suas maiores expressões teo-lógicas. Rūpa Gosvāmī integrou o conceito de experiência estética (rasa), enquanto essen-cialização das emoções, desenvolvido por Bharata Muni, o sistematizador das artes cênicas e poéticas da Índia, com o conceito de mística amorosa ou bhakti. Diferentes tradições de teorias estéticas e religiosas abriram o caminho para que Rūpa Gosvāmī desenvolvesse uma dimensão soteriológica que institui a devoção emocional enquanto experiência estéti-ca (bhakti-rasa). Os fundamentos dessa elaboração original que tem seu clímax na obra Bhakti-rasāmṛta-sindhu – objeto central dessa tese -, está profundamente enraizada na tra-dição védica das Upaniṣads, nos Tantras vaiṣṇavas e nos Purāṇas. Rūpa Gosvāmī seguin-do a tradição de Caitanya Mahāprabhu, mais conhecida como Vaiṣṇavismo Gauḍīya, iden-tificou a emoção devocional (bhakti-rasa) como caminho e condição perfeccional da existência, entendida como relação de amor puro por Kṛṣṇa (kṛṣṇa-prema-bhakti).