A relação de alteridade entre professoras e bebês: um estudo de inspiração etnográfica em uma creche conveniada do município de Juiz de Fora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Souza, Lídia Mara de lattes
Orientador(a): Santos, Núbia Aparecida Schaper lattes
Banca de defesa: Lopes, Jader Janer Moreira lattes, Martins Filho, Altino José lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18291
Resumo: Este trabalho teve por objetivo compreender como se constitui a relação de alteridade e afetividade entre professoras e bebês em um berçário de uma creche conveniada do município de Juiz de Fora. A partir dessa formulação, organizamos dois objetivos específicos a serem alcançados: (i) compreender a relação de alteridade e afetividade nas situações de cuidado/educação entre professoras e bebês; (ii) refletir como a constituição da relação de alteridade e afetividade entre professoras e bebês atravessa a prática pedagógica. Para isso, dialogamos com o filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin, tomando por base o conceito de alteridade, e com a teoria histórico-cultural de Vigotski para compreender como a vivência e a afetividade constituem as relações entre professoras e bebês. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, inspirada na abordagem de cunho etnográfico. Recorremos à observação colaborativa, registro no diário de campo, produção de notas de campo, fotografias e videogravações do cotidiano institucional. Os dados foram produzidos ao longo do ano de 2023, no período da manhã (quatro horas a cada ida à creche), dois dias por semana, perfazendo um total de permanência na creche durante 192 horas, com a produção de 48 notas de campo e 33h58m de videogravação. Para a análise, consideramos as situações de interação entre professoras e bebês nos momentos de alimentação, sono/repouso e solário. As participantes da pesquisa se constituem de três professoras, com idades entre 27 e 52 anos, uma auxiliar de turma de 34 anos de idade e 11 bebês com idade entre 4 meses e 1 ano e 6 meses. Os dados foram analisados a partir dos excertos produzidos em notas de campo, marcados principalmente por três momentos da rotina institucional: a rodinha musical, os momentos no solário e os momentos de alimentação e repouso dos bebês. A construção da pesquisa propiciou a reflexão sobre os principais momentos que perpassam a rotina institucional: a reflexão sobre a própria organização da rotina, as condições de trabalho das professoras e auxiliares de turma, a relação com os espaços da creche e a relação entre professoras e bebês.