Comércio internacional e emissões: uma análise longitudinal de insumo-produto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Vale, Vinícius de Almeida lattes
Orientador(a): Perobelli, Fernando Salgueiro lattes
Banca de defesa: Barros, Gustavo de lattes, Porsse, Alexandre Alves lattes, Guilhoto, Joaquim José Martins lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/719
Resumo: Desde o início da industrialização é possível observar um aumento dos níveis de gases de efeito estufa (GEE) causados pelas atividades humanas (WTO, 2009). Diante desse cenário, os problemas em torno dos GEE e as mudanças climáticas relacionadas se tornaram relevantes pontos de debate. As discussões sobre o tema começam a ganhar o cenário mundial a partir do Protocolo de Quioto e estão em voga devido ao fato que o crescimento dos GEE se manteve, mesmo com o avanço e surgimento de políticas climáticas. Além disso, estão em voga devido à globalização acelerada das economias mundiais e à expansão do comércio internacional. Desta forma, o trabalho busca fazer uma investigação empírica sobre as responsabilidades pelas emissões e o comércio internacional para 27 países da União Europeia e 13 países selecionados para o período de 1995 a 2009. O trabalho também permeia questões e discussões em torno das teorias e hipóteses ambientais que envolvem o comércio internacional. Para tanto, foram utilizadas matrizes de insumo-produto para 40 países mais o “restante do mundo” que abrangem o período de 1995 a 2009, provenientes do Projeto WIOD. Os seguintes resultados podem ser destacados: i) a ascensão das emissões de CO2 dos países em desenvolvimento (e.g. Brasil, Rússia, Índia e China); ii) comportamento antagônico entre os Estados Unidos e os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), com exceção da Índia, em termos dos saldos líquidos de emissões incorporadas no comércio internacional; iii) indícios de que o decréscimo das emissões de alguns países são provenientes de uma maior interação em termos de comércio; e iv) os países desenvolvidos apresentam um processo produtivo interno cada vez menos poluidor e, de forma contrária, os em desenvolvimento apresentam um processo produtivo interno mais poluidor, dado o pareamento entre eles. Além disso, o presente trabalho, por meio dos diferentes resultados, faz uma discussão em torno da teoria da curva de Kuznets ambiental, “pollution haven effect”, “pollution haven hypothesis”, padrões de comércio entre o Norte e o Sul, dentre outras.