Cristianismo e Kénosis: René Girard e Gianni Vattimo em diálogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Felipe, Rondinele Laurindo lattes
Orientador(a): Pires, Frederico Pieper lattes
Banca de defesa: Huff Júnior, Arnaldo Érico lattes, Landim, Robione Antonio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6019
Resumo: O tema desta pesquisa é a noção de cristianismo no diálogo entre René Girard e Gianni Vattimo. Para tanto, argumenta-se que a ideia central que vincula os dois autores é a compreensão de cristianismo como kénosis (enfraquecimento). Aborda-se essa noção levando em conta a teoria girardiana do sagrado natural. A ideia de sagrado é estruturante, pois, a partir dele, sabe-se que o religioso funda-se na violência humana. O homem é governado por um desejo de apropriação mimética, o que conduz a rivalidades. A violência quando se exasperava nas sociedades primitivas gerava conflitos de tal ordem que se fazia necessário o sacrifício para conter a crise que ameaçava extirpar todo grupo. Do sacrifício expiatório nascia o sagrado que se sustentava nas formas de ritos, interditos e rememoração do sacrifício. O cristianismo, interpretado por Girard e Vattimo, revela e denuncia esse mecanismo fazedor de vítimas, indicando que a vítima é inocente. Portanto, para falar de kénosis e secularização, Vattimo recorre a essa ideia de perda dos elementos do sagrado. Com a dissolução do sagrado, o cristianismo aparece em sua forma enfraquecida (kénosis), sendo a caritas um modo de rejeitar a violência humana.