Modos de habitar a terra: o estatuto da linguagem religiosa em Gianni Vattimo e Rubem Alves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vasconcellos, Danilo Souza Mendes de lattes
Orientador(a): Pieper, Frederico lattes
Banca de defesa: Almeida, Edson Fernando de lattes, Caldas, Carlos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9562
Resumo: Este trabalho discute os modos como a linguagem religiosa pode se dar enquanto modo de habitar a terra a partir de Gianni Vattimo e Rubem Alves. Defendemos a noção de que a linguagem religiosa é ambígua e isto se evidencia em modos metafísicos e dogmáticos e modos éticos e estéticos de habitar a terra. Os primeiros são gerados por uma violência que lhes é intrínseca, e a reproduzem através da interrupção do diálogo, da imposição de verdades últimas, da intolerância e da repressão. Interpretamos a configuração da relação entre linguagem e fundamento, nestes modos metafísicos e dogmáticos, como a Presença da presença, porque estabelecem um fundamento último que reforça a presença como anulação de futuro e permanência das verdades. Os modos éticos e estéticos são propostas de superação dos primeiros modos, que resistem à violência por eles gerada através de um enfraquecimento das estruturas e da imaginação simbólica da religião. Neste ponto, Vattimo e Alves se afastam, pois a proposta que aquele formula se volta estritamente para uma ética hermenêutica, enquanto este propõe um caminho estético. Esses modos são caracterizados pela Presença da ausência, uma vez que estabelecem seus próprios fundamentos, mas sem interpretá-los como exclusivos e últimos. Deste modo, apontamos diversas ambiguidades na linguagem religiosa que é, simultaneamente, fundamento e abismo sobre os quais o ser humano habita a terra e constrói seu mundo.