O uso colaborativo de mecânicas em videogames de sobrevivência e estratégias comunicacionais coletivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pires, Raphael Vieira lattes
Orientador(a): Pimenta, Francisco José Paoliello lattes
Banca de defesa: Soares, Leticia Perani lattes, Pinto, Júlio César Machado lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9766
Resumo: Essa dissertação busca investigar se determinadas mecânicas de cooperação em jogos digitais de sobrevivência podem gerar ambientes comunicacionais mais eficazes, a partir dos modos de ação que delegam ao jogador. Partimos da hipótese de que, dentro do atual paradigma comunicacional, mecânicas que promovem ambientes propícios para a interação dos jogadores com o game design por meio de linguagens lúdicas, multicódigos e coletivas são as mais efetivas em vista dos objetivos de sobrevivência dos jogadores. A base teórica principal é o Pragmaticismo de Charles Sanders Peirce e suas categorias fenomenológicas (primeiridade, secundidade e terceiridade), como forma de analisar processos semióticos envolvendo o game design, o gameplay e os jogadores nesses ambientes colaborativos. Recorremos, ainda, a uma bibliografia complementar relacionada ao contexto da comunicação digital e, mais especificamente, aos jogos eletrônicos. Para o teste empírico das consequências práticas deduzidas da hipótese, utilizamos três videogames com design colaborativo de sobrevivência, de lançamento recente, escolhidos ao acaso: a série Left 4 Dead (2008 e 2009) e os indies Don't Starve Together (2016) e White Noise 2 (2017). Concluímos que a hipótese se mostra verdadeira na medida em que tais mecânicas, de fato, fomentam o compartilhamento de informações, ao criar ambientes nos quais os signos conduzem a processos efetivos de comunicação e entendimento entre os jogadores, de forma prática e ativa. No decorrer da pesquisa, observamos também que não apenas o design do jogo e suas mecânicas favorecem a colaboração para a sobrevivência, mas, também, toda a mediação operada pelos jogadores e suas constantes atualizações dos signos fornecidos por essas plataformas digitais.