Torque e perfil eletromiográfico de mulheres sedentárias durante a rotação externa do ombro em duas diferentes posturas escapulares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Luane Landim de lattes
Orientador(a): Garcia, Marco Antônio Cavalcanti lattes
Banca de defesa: Carvalho, Thiago Lemos de lattes, Alvim, Felipe Costa lattes, Fonseca, Diogo Simões lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12140
Resumo: Introdução: Pesquisas anteriores sugeriram variações de exercícios de rotação externa (RE) e umerotorácicos para treinar os músculos necessários no controle das alterações estáticas e dinâmicas da cintura escapular, não levando em consideração o comportamento do torque muscular e a sobrecarga aplicada a junção miotendínea. Objetivo: Avaliar o perfil de recrutamento muscular através da análise do torque muscular isométrico e da eletromiografia de superfície (EMGs), dos músculos do manguito rotador (MR) e da cintura escapular em doze diferentes exercícios de RE do ombro em duas diferentes posições escapulares. Método: Trata-se de um estudo transversal, composto por trinta participantes do sexo feminino, com idade média desvio padrão (± DP) de 21 ± 2,30 anos, massa corporal de 55,99 ± 6,02 kg, altura de 1,61 m ± 0,05 e IMC de 21,50 ± 1,98 Kg/m2, todas classificadas como sedentárias e insuficientes ativas, sem história de trauma e queixa de dor na articulação do ombro nos últimos dois meses. Foi realizado análise do torque muscular isométrico e atividade EMGs dos músculos trapézio superior, médio e inferior, serrátil anterior, infraespinhal e redondo menor em doze exercícios de RE do ombro comparada a uma condição RE controle com 30º de rotação interna (REC) através de um transdutor de força isométrica e de um sistema eletromiográfico. Resultados: Foi encontrada diferença estatisticamente significante do torque relativo (τ%) das doze condições de RE comparado a REC, (F12,377=21,236, p<0,001). Na análise do posicionamento escapular durante as doze condições de RE, sendo seis condições com a escápula na posição anatômica (RE1A – RE6A) e as mesmas seis com a escápula na posição de retração (RE1R – RE6R), observamos que a RE com escápula retraída não resultou em uma maior produção de τ% quando comparada com a escápula na posição anatômica (p<0,001). Ao analisarmos o τ% de cada condição de RE, observamos que a condição de RE1A (RE em prono com ombro abduzido 90º com a escápula na posição anatômica) e RE1R (RE em prono com ombro abduzido 90º com a escapula na posição de retração) apresentaram maior geração de τ% (p<0,0280) quando comparada as demais condições de RE tanto com a escápula na posição anatômica quanto retraída e em relação a REC (p<0,0041), exceto quando comparada à condição RE3A (RE na postura sentada com ombro abduzido a 90° com a escápula na posição anatômica) e sua respectiva condição com a escápula retraída RE3R (p=1,0000). Conclusão: A condição de REC não foi observada como aquela mais eficiente do ponto de vista biomecânico, sendo que a condição que demonstrou maior geração de torque muscular isométrico com possível eficiência biomecânica foi a RE em prono com ombro abduzido 90º tanto com a escápula na posição anatômica, quanto na posição de retração, representada por RE1A/RE1R, na qual observamos menor atividade eletromiográfica dos músculos rotadores externos motores primários, além de menor percepção de esforço, representada pela escala de borg.