O crack que o Brasil conhece: do discurso jornalístico à disputa política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Igor de Souza lattes
Orientador(a): Fernandes, Dmitri Cerboncini lattes
Banca de defesa: Fraga, Paulo Cesar Pontes lattes, Condé, Eduardo Antônio Salomão lattes, Fiore , Maurício lattes, Oliveira , Vanessa Veiga de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11781
Resumo: O objeto da presente tese é a apropriação política do crack, enquanto um problema social, efetuada pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Analiso como o campo político, inclusive as disputas partidárias mais proeminentes de São Paulo (entre PT e PSDB), serve-se, através dos programas “De Braços Abertos” e “Recomeço”, de uma mesma narrativa estruturada no campo jornalístico. Para demonstrar essa influência investiguei a partir do software Iramuteq e a construção de classes discursivas o problema crack e o “usuário de crack” do ano de 1990 (primeira abordagem jornalística) até 2016 (o desaparecimento do elemento de tensão com o fim da gestão Fernando Haddad – PT). A hipótese é de que os predicados jornalísticos atribuídos ao crack indicam questões mais profundas do que a própria substância química e o seu uso. Concluo que as políticas públicas para lidar com o crack nasceram, foram conformadas e, por fim, alteradas a partir da relação com as abordagens e os discursos presentes na narrativa jornalística.