Instrução pública, estado-nação e cidadania: escolarização dos negros livres e libertos no termo de Mariana (1828-1860)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Verona, Priscilla Samantha Barbosa lattes
Orientador(a): Rocha, Marlos Bessa Mendes da lattes
Banca de defesa: Fonseca, Marcus Vinícius lattes, Cavalcanti, Daniel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2202
Resumo: O estudo concentra-se na primeira metade do século XIX, momento inicial do processo de construção das bases do Estado-Nação. Buscamos lançar olhares sobre o Termo de Mariana na intenção de compreender em que medida o processo de escolarização dos negros livres e libertos ocorrido naquele contexto, se relacionou com a experiência da cidadania que se construía no contexto brasileiro durante o Império. A instrução pública enquanto um direito civil, e a experiência dos livres e libertos com a instrução nos levou a forjar interpretações sobre a natureza do Estado-Nação que se pretendia formar. A existência da igualdade civil, que surge a partir de 1824 com a Constituição, na medida em que se incorpora em uma sociedade marcada pelo escravismo e por fortes tensões de cunho racial, ao invés de gerar maior igualdade social, acabou se constituindo, de maneira sui generis, em fator de contribuição a uma maior complexidade das hierarquias sociais. Estas eram, em grande medida, provenientes de uma necessidade fundamental dos segmentos sociais atingidos pela questão racial, qual seja, a de se afastar do estigma da escravidão, recorrendo a condição de membros da sociedade civil. Nesse âmbito, o acesso `a instrução na sociedade imperial por negros contribuíram não somente com a legitimação, mas especialmente com a complexificação das hierarquias sociais na sociedade, sempre buscando se afastar do estigma da escravidão.