Dieta e higiene bucal: o impacto dos aspectos psicológicos parentais em hábitos saudáveis das crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lopes, Nara Muniz lattes
Orientador(a): Scalioni, Flávia Almeida Ribeiro lattes
Banca de defesa: Machado, Fernanda Campos lattes, Alves, Renata Tolêdo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17508
Resumo: Os primeiros anos da infância desempenham um papel crucial no estabelecimento de comportamentos e hábitos saudáveis que influenciarão a saúde ao longo da vida. Os hábitos e comportamentos em saúde bucal nas crianças sofrem a influência dos pais/cuidadores, que servem de modelo para estes indivíduos. Dessa forma, alguns aspectos psicológicos dos pais podem influenciar esses comportamentos, contribuindo para os desfechos infantis de doenças bucais, como o Lócus de Controle Parental na saúde e Estilo Parental. O presente estudo teve como objetivo investigar como os aspectos psicológicos dos pais/cuidadores podem influenciar a dieta e os hábitos de higiene bucal em crianças durante os primeiros anos de vida. Este estudo transversal foi conduzido com pais/cuidadores de crianças de 3 a 6 anos, residentes de Goianá – Brasil. Os pais/cuidadores responderam um questionário contendo informações sociodemográficas, sobre dieta e higiene bucal dos seus filhos. Além disso, os pais/cuidadores responderam ao Lócus de Controle Parental na Saúde (LOCPS) e ao Questionário de Estilo e Dimensões Parentais (QEDP). A análise dos dados incluiu análise descritiva, testes Qui-quadrado, linear by linear e t de Student, e regressão logística binária (p<0,05). Um total de 98 pais/cuidadores respondeu aos questionários, sendo 93,9% mães. A média de idade das crianças foi de 62,0 (±11,292) meses e a maioria era do sexo feminino (55,6%). A regressão logística demonstrou que o aumento de um score no domínio “outros poderosos” do LOCPS dos pais/cuidadores, representa um aumento de 1,185 (OR=1,185; 95%IC = 1,003-1,399) vezes a chance de seus filhos ingerirem açúcar 3 ou mais vezes por dia. Não houve nenhuma associação entre frequência diária de escovação dentária com os critérios sociodemográficos e os aspectos psicológicos (p>0,05). O domínio “outros poderosos” do LOCPS dos pais/cuidadores foi determinante para a frequência de ingestão de açúcar de seus filhos. Os aspectos psicológicos parentais não influenciaram a frequência de escovação das crianças.