Um estudo dos direcionadores da distribuição de dividendos das empresas não financeiras participantes da B3
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Administração
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Departamento: |
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00106 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14053 |
Resumo: | O propósito do presente estudo foi identificar os direcionadores da política de dividendos das empresas brasileiras listadas na B3 através dos indicadores Dividend Yield e Dividend Payout, considerando também essas relações dada a divisão de setores da B3. Levou-se em conta como abordagem teórica as teorias da relevância dos dividendos, da irrelevância dos dividendos, informação assimétrica, agência, hipótese do ciclo de vida, efeitos fiscais e tributários, efeito clientela e os aspectos específicos da legislação brasileira. Através de uma revisão teórica que abarcou diversos autores e estudos para diferentes mercados, variáveis como tamanho, endividamento, concentração acionária, governança corporativa, rentabilidade, liquidez, entre outras, foram mapeadas como possíveis direcionadores da política de dividendos. A amostra utilizada contou com 537 empresas com dados anuais entre 1996 e 2020. A análise inicial do estudo aponta que os setores de Utilidade Pública e Comunicações são os que mais distribuem proventos, enquanto o setor Outros pode ser caracterizado como o pior distribuidor. Para estimar os direcionadores da política de dividendos, foi utilizado um modelo com dados em painel e o método econométrico da Regressão Quantílica com os quantis .25, .5, .75 e .9 utilizados como parâmetros de estimação. Para as estimações com toda a amostra, sem divisão de setor, os resultados apontam que: i) o tamanho do ativo é significativo, positivo e crescente para todos os quantis de ambas as variáveis; ii) o lucro por ação é positivo e significativo para todos os quantis de Dividend Yield; iii) PIB, câmbio e CDI são significativas para explicar a política de dividendos das empresas; iv) o pertencimento aos níveis diferenciados de governança corporativa impactam positivamente as empresas que distribuem menos dividendos e negativamente as empresas que distribuem mais dividendos; e v) as variáveis relacionadas a rentabilidade e endividamento não apresentaram bom desempenho para explicar a política de dividendos das empresas. Já quando olhamos para cada setor de atuação, os resultados apontam que: i) em geral, o tamanho do ativo é positivo, crescente e significativo para a maioria dos quantis considerando ambas as variáveis dependentes; ii) PIB, CDI e Câmbio apresentam bom desempenho para explicar a política de dividendos das empresas; iii) as características de controle relacionadas ao endividamento, liquidez, risco e rentabilidade apresentam relações diferentes para cada setor; iv) características relacionadas ao controle acionário e pertencimento aos segmentos diferenciados de governança corporativa indicam a presença de efeito clientela e de sinalização na política de dividendos das empresas a depender do setor de atuação. |