Composição química e efeitos de frutos do Cerrado sobre o estresse oxidativo, longevidade e doença de Alzheimer em Caenorhabditis elegans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leite, Natasha Rios lattes
Orientador(a): Santos, Edson Lucas dos lattes
Banca de defesa: Campos, Jaqueline Ferreira lattes, Santos, Uilson Pereira dos lattes, Rocha, Paola dos Santos da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1083
Resumo: O bioma Cerrado é composto por uma vasta biodiversidade, apresentando diversas espécies vegetais endêmicas. A conservação de sua flora é imprescindível para que se possa estudá-la, bioprospectar moléculas ativas e investigar seus efeitos biológicos, no qual a atividade antioxidante tem recebido grande destaque. Nos últimos anos, tem sido descrito que agentes oxidantes estão entre os grandes responsáveis pelo envelhecimento e, pelo desencadeamento e/ou agravamento de inúmeras doenças, como o câncer, aterosclerose, doenças cardiovasculares, doenças autoimunes e doenças neurodegenerativas. Diante do exposto, o presente estudo busca identificar constituintes químicos, avaliar a atividade antioxidante, efeitos sobre a longevidade e sobre os sintomas da Doença Alzheimer de três espécies de frutos do Cerrado, sendo eles Annona crassiflora, Dipteryx alata e Psidium guineense. Para isso, os compostos químicos foram identificados através de reações colorimétricas quantitativas, dentre eles os compostos fenólicos, flavonoides, β-caroteno, licopeno, clorofilas a e b e ácido ascórbico. A atividade antioxidante in vitro dos frutos foi avaliada através dos métodos de captura dos radicais livres DPPH e ABTS. Nos estudos in vivo foi utilizada a estirpe selvagem (N2) e uma cepa transgênica (CL2006) do nematoide Caenorhabditis elegans. Inicialmente avaliou-se que as polpas dos frutos não apresentaram toxicidade, nem interferiram na capacidade reprodutora dos animais. Quando submetidos ao estresse térmico, a polpa de A.crassiflora promoveu proteção aos nematoides na segunda hora de avaliação. As três polpas dos frutos foram capazes de reduzir os danos oxidativos gerados por juglone, porém apenas o a polpa de A. crassiflora foi efetiva em todos os períodos avaliados. A polpa de D. alata promoveu o aumento da expectativa de vida dos animais e A. crassiflora proporcionou um atraso da paralisia induzida nos animais transgênicos. Em conjunto, os frutos apresentaram concentrações significativas de compostos bioativos e obtiveram um desempenho promissor na investigação da atividade antioxidante, evidenciando seu potencial uso para uma melhora na qualidade e aumento da expectativa de vida e até mesmo como nutracêuticos atuando sobre os sintomas de algumas doenças.