Monitoramento de Phakopsora pachyrhizi como critério para aplicação fungicida na soja e efeito da desfolha artificial na produtividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Paulo Henrique Nascimento de lattes
Orientador(a): Bacchi, Lilian Maria Arruda lattes
Banca de defesa: Gavassoni, Walber Luiz lattes, Graichen, Felipe André Sganzerla lattes, Fernandes, Marcos Gino lattes, Theodoro, Gustavo de Faria lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5274
Resumo: A produtividade da soja está estritamente relacionada à fotossíntese gerada pela área foliar da cultura, de modo que fatores que culminam em desfolha podem afetar a produção da cultura. A doença conhecida como ferrugem asiática da soja, tem como uma de suas consequências, a queda prematura de folhas em alto nível de severidade, no sentido da base para o ápice das plantas, com manejo dificultado após o fechamento da cultura. Neste sentido, tem-se buscado antecipar as aplicações para estádio vegetativo da cultura, na finalidade de aumentar o controle no dossel inferior da cultura. Contudo, ainda não se sabe sobre a real importância do dossel inferior nos componentes produtivos da cultura e se o critério de início de aplicações fungicidas no estádio vegetativo é o mais adequado no manejo da ferrugem da soja. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi o avaliar o efeito desfolha estratificada no dossel da cultura da soja e a utilização de estratégias de monitoramento de Phakopsora pachyrhizi para início de aplicações fungicidas e reflexo no rendimento da cultura da soja. Para a simulação de desfolha foram testadas duas metodologias: desfolha por estratificação do dossel e por contagem de número de folíolos, no sentido da base para o ápice. Estes ensaios foram realizados em delineamento em blocos casualizados em esquema de parcelas subsubdivididas, sendo o fator parcelas três cultivares de soja (Monsoy 6410, TMG 7063 e Coodetec 202), nas subparcelas três estágios de desfolha (V8, R3 e R5) e os níveis de desfolha de 0,33, 67 e 100% de desfolha. As variáveis analisadas foram relacionadas ao rendimento da cultura: número de vagens por planta, grãos por planta, massa de mil grãos e produtividade. Outro experimento foi implantado para estudo dos critérios para início das aplicações fungicidas, implantado sob delineamento de blocos casualizados em parcelas subsubdivididas, no esquema 3x2x8, sendo três épocas de semeadura (outubro, novembro e dezembro), duas cultivares (M 6410, TMG 7063 IPRO) e oito critérios para início de aplicação fungicida: I) testemunha sem aplicação, II) estádio vegetativo – v7, III) estádio reprodutivo R1, IV) sete dias após a detecção de esporos (DE) via coletor, V) 14 DE, VI) 21 DE, VII) 10% de área foliar lesionada, VIII) 10% incidência. Foi determinada a área abaixo da curva de progresso (AACP) para lesões e urédias, área foliar lesionada em estádio R6, número de vagens, massa de mil grãos (g) e produtividade. Verificou-se que o dossel inferior apresenta baixa correlação com os componentes produtivos da soja, sendo tolerável desfolha de até 33% sem danos à produtividade. Em relação aos critérios de início de aplicações fungicidas, os tratamentos com monitoramento de esporos obtiveram resultados satisfatórios ao controle, igualando-se ao protocolo padrão calendarizado com início no florescimento ou em estádio vegetativo, com redução no número de aplicações fungicidas e maior retorno econômico na produção da soja.