Avaliação farmacológica e toxicológica do extrato etanólico das folhas de Salvia lachnostachys Benth e de Fruticulina A em modelo experimental com roedores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Joyce Alencar lattes
Orientador(a): Kassuya, Cândida Aparecida Leite lattes
Banca de defesa: Sanjinez-Argandoña, Eliana Janet lattes, Graciani, Fernanda Silva lattes, Cardoso, Claudia Andrea Lima lattes, Morato, Priscila Neder lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biotecnologia e Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/507
Resumo: Salvia lachnostachys Benth é endêmica do sul do Brasil, a avaliação fitoquímica revelou a presença dos ácidos ursólico e oleanólico, além da fruticulina A, que podem ser responsáveis pela atividade anti-inflamatória e antinociceptiva relatada na literatura pelo nosso grupo. Neste estudo, investigamos as atividades farmacológicas: anti-hiperalgésica, antiartrítica, antidepressiva e antinociceptiva, assim como potencial genotóxico e mutagênico do extrato etanólico das folhas de S. lachnostachys (SLEE) e de fruticulina A, em roedores. Para tanto SLEE (100 mg/kg, v.o.) foi avaliado no modelo de lesão do nervo ciático (SNI) em ratos sendo os animais submetidos ao teste de sensibilidade mecânica, sensibilidade ao frio e natação forçada 10 e 15 dias após a cirurgia. No modelo de dor crônica (semelhante a artrite), induzido pelo adjuvante completo de Freund (CFA), os animais receberam o SLEE (50 e 100 mg/kg/dia) por 21 dias de tratamento sendo avaliados a sensibilidade mecânica e térmica (ao frio e calor) nos dias 5, 7, 10, 15 e 21. O SLEE (100 mg/kg, v.o.) e a fruticulina A (3 mg/kg, v.o.). Foram avaliados com relação a resposta nociceptiva induzido por formalina sendo que os animais foram tratados 1 hora antes da injeção de formalina na pata. No modelo de depressão induzido pela clonidina, os animais receberam uma injeção de clonidina (0,8 mg/kg) por 7 dias, enquanto que o tratamento foi iniciado do quinto ao sétimo dia com SLEE (100 mg/kg/dia) e fruticulina A (3 mg/kg/dia). Para a avaliação toxicogenética (genotoxicidade e mutagenicidade), apoptose e fagocitose esplênica, os animais foram tratados por via oral com SLEE (10, 100 e 1000 mg/kg). No modelo de neuropatia (SNI), a administração oral do SLEE durante 15 dias e uma dose subcutânea de 10 mg/kg de cetamina (controle positivo) inibiram significativamente a hiperalgesia mecânica induzida pelo SNI e diminuiram o tempo de imobilidade no teste de nado forçado. No 15º dia de tratamento oral, SLEE impediu o aumento da sensibilidade ao estímulo frio induzido pela neuropatia. No modelo de dor crônica, SLEE reduziu significativamente a hiperalgesia mecânica, térmica e o edema causado pela injeção de CFA, sugerindo atividade antiartrítica. No teste de formalina, SLEE e fruticulina A reduziram significativamente a resposta nociceptiva (frequência de lamber a pata) na primeira e segunda fase e diminuíram a formação de edema. SLEE e fruticulina A atenuaram significativamente os efeitos induzidos pela clonidina – aumentando a atividade locomotora espontânea (quadrados invadidos e levantamento) e diminuindo a emocionalidade (lamber e congelamento) em comparação com os controles, os resultados foram semelhantes ao grupo naive (não depressivos). Os resultados dos testes de cometa e micronúcleo revelaram que SLEE não causa dano ao DNA, mas houve um aumento na quantidade de células apoptóticas do baço após 72 h do tratamento com SLEE (1000 mg/kg). Com base nos resultados, SLEE exibe atividade anti-hiperalgésica, antiartrítica, antidepressiva, e antinociceptiva e a fruticulina A parece ser um dos compostos responsáveis pelos efeitos do SLEE. Esses resultados reforçam as ações antidepressivas de SLEE e fruticulina A. Os resultados ainda revelam baixa toxicidade nos modelos testados, porém outros testes devem ser realizados.