Produção de biomassa e atividade antioxidante e antitumoral de Hibiscus sabdariffa L. cultivada com adubação orgânica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ramos, Diovany Doffinger lattes
Orientador(a): Vieira, Maria do Carmo lattes
Banca de defesa: Pereira, Silvio Bueno lattes, Tabaldi, Luciane Almeri lattes, Silva, Magnólia Aparecida Silva da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/423
Resumo: Rosela (Hibiscus sabdariffa L., Malvaceae) é uma planta medicinal com diversos usos e benefícios, cujos cálices são ricos em substâncias com atividade antioxidante e antitumoral. É cultivada em diversas regiões de mundo e o caule é fonte de fibras para indústria têxtil e de papel. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da cama-de-frango semidecomposta e do organosuper® sob três modos de aplicação na produção de biomassa, nos teores de nutrientes nas folhas de plantas de rosela, teores de fenóis e flavonóides, atividade antioxidante e atividade antitumoral do extrato metanólico de folhas e cálices em nove linhagens de células humanas. Para tanto, foram desenvolvidos dois experimentos com a rosela, sendo um no ano agrícola de 2008/2009 e o outro no de 2009/2010. Os tratamentos em cada ciclo de cultivo foram arranjados como fatorial 2 x 3+1, sendo constituídos pelas combinações de dois compostos orgânicos [cama-de-frango (10 t ha-1) e organosuper® (10 t ha-1)] e três modos de aplicação (cobertura, incorporada e cobertura + incorporada) mais a testemunha, no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Foram determinados as produções de massas frescas e secas de folhas, caules, raízes e cálices, número de cálices, área foliar e fibras no caule, teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, cobre, manganês e zinco nas folhas, teores de fenóis e flavonoides no extrato metanólico de folhas e cálices, atividade antioxidante e antitumoral no extrato metanólico de folhas e cálices. As maiores produções de massas frescas e secas de cálices, folhas, caules e raízes, número de cálices, área foliar e fibras no ano agrícola 2008/2009 foram obtidas com a cama-de-frango. O modo de aplicação dos resíduos orgânicos não diferiu estatisticamente para nenhuma das características avaliadas nos dois anos agrícolas, exceto para as produções de massas frescas e secas de cálices e número de cálices para o ano agrícola 2009/2010. Os teores de N, P, K, Ca, Mg, Fe, Cu, Mn e Zn na massa seca das folhas da rosela não foram influenciados pelos resíduos orgânicos nem pelo modo de aplicação. Os maiores conteúdos de fenóis e flavonóides foram observados no extrato metanólico das folhas e cálices das plantas cultivadas com organosuper® incorporado. A IC50 média demonstrou que folhas (43,48 μg mL-1) e cálices (37,15 μg mL-1) têm substâncias que podem contribuir para a capacidade sequestradora de radicais livres, comparado com o controle positivo BHT (16,7 μg mL-1). Além disso, o extrato metanólico de cálices apresentou significante atividade seletiva para linhagem de células leucêmicas (K-562), concentração dependente, efeito citotóxico e citocida. Nas condições em que foi conduzido o experimento, concluiu-se que para obter maiores produções de biomassa as plantas de rosela devem ser cultivadas com cama-de-frango semidecomposta, independente da forma de adição do resíduo. A cama-de-frango semidecomposta e o organosuper® incorporados proporcionaram os maiores teores de fenóis e flavonóides no extrato metanólico de folhas e cálices da rosela, além de, potencializar a atividade do extrato metanólico de cálices da rosela para a linhagem de células leucêmicas (K- 562), com valores de IC50 1,16 e 0,12 mg mL-1, respectivamente.