Filhas e filhos de Iaiá Sutera: uma análise da migração de afrobrasileiros para o Norte/Noroeste do Paraná a partir da trajetória da família Araújo

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Souza, Ailson do Carmo de
• Orientador(a): Baller, Leandro
• Banca de defesa: Diallo, Cintia Santos , Éder da Silva Novak, Éder da Silva Novak
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
• Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em História
• Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Afro-brasileiro; Migração; Trabalhadores
• Palavras-chave em Inglês: Afro-Brazilian; Migration; Workers
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
• Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5635

Esta pesquisa trata da trajetória da minha família: um grupo de trabalhadores (as) negros(as) de origem nordestina. As Filhas e Filhos de Iaiá Sutera ou Família Araújo, é formada por afro-brasileiros que buscaram, ao se dirigirem ao sul do Brasil, reproduzirem um modo de vida e edificarem um novo território. Trato da presença negra mais ao sul do Brasil e da trajetória de um grupo específico – a família deIaiá Sutera e suas conexões -, história cujo recorte me permitiu analisar o período entre os anos de 1930 a 2022. Este é um trabalho que trata, antes de mais nada, da vida de trabalhadores (as) afro-brasileiros, que na busca por novos horizontes, acabaram por se incorporar ao processo de reocupação das regiões norte/noroeste do Paraná. Nesse processo histórico, muitas/essas famílias tiveram sua presença apagada e suas vozes silenciadas pelos registros da história oficial. A metodologia aplicada com o uso da História Oral é também uma forma ouvi-los. Trouxemos ainda, os documentos colecionados pelos membros da família Araújo, principalmente, os legados de dona Senhorinha Rosa da Costa, minha avó, como fontes que servem para contar a história dos grupos minoritários. Assim, analisei as cartas, fotografias, certidões de nascimento, batismo, casamento e óbito; recibo de sepultamento e contrato de trabalho. Na pesquisa não busco demonstrar apenas o percurso que envolve os estados da Bahia, São Paulo e Paraná. Também objetivo descrever uma trajetória que é repleta de angústias e conquistas, e pude perceber que esse movimento não é apenas uma viagem que termina em algum lugar, mas sim, que traz em si muitas partidas e chegadas. Enquanto teoria, fiz o possível para que a pesquisa pudesse ser afro referenciada, logo, a utilização de autores (as) negros (as) se fez de maneira que pudesse compreender essa história a partir da perspectiva teórica de autores (as) que também são minorias.