Correlacionando fatores ambientais e o comportamento de autolesão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Elenice Peixoto da Costa dos lattes
Orientador(a): Ferreira, Paulo Roberto dos Santos lattes
Banca de defesa: Correia, Luciana Leonetti lattes, Souza, Felipe Maciel dos Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Psicologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4655
Resumo: Autolesão tem sido definida como qualquer comportamento intencional que envolva agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio. O comportamento de autolesão representa um grande impacto na vida do indivíduo e da sociedade, incluindo familiares, colegas de trabalho e de estudo. O objetivo do presente estudo é fazer um levantamento para identificar possíveis correlações entre características desse tipo de comportamento e situações que podem influenciar sua ocorrência e/ou gravidade, para isso realizamos uma pesquisa on-line, sem identificação dos participantes em que se investigará a topografia, prevalência, frequência, antecedentes e reforçadores do comportamento de autolesão, bem como a função da resposta de autolesão de cada indivíduo. Este estudo baseou-se no método survey para a coleta de dados. Para tanto, foi realizada uma consulta pública virtual, divulgada por meio de redes sociais: Whatsapp, Facebook e Instagram, em que os respondentes não foram identificados. O questionário, contendo 29 perguntas, foi elaborado pela própria pesquisadora através da plataforma Google Forms Online sem fito de validação de instrumento, mas apenas para obtenção de informações sobre o fenômeno na amostra populacional investigada. Os termos utilizados no questionário foram emprestados de estudos relevantes que descreveram o fenômeno anteriormente. Fizeram parte desta pesquisa 42 (quarenta e dois) participantes maiores de 18 anos, sendo 35 do sexo feminino e 07 do sexo masculino, que voluntariamente e anonimamente se dispuseram a responder o questionário. Os conflitos familiares associados a um ambiente familiar caótico apresentaram-se como os principais eventos aversivos que estimularam o comportamento de autolesão. Com o engajamento no comportamento de autolesão os estímulos aversivos foram removidos do ambiente, logo, a remoção destes estímulos provoca um aumento na probabilidade de no futuro, a resposta de se autolesionar acontecer novamente, ou seja, a autolesão é mantida por reforço negativo. Não houve uma associação significativa de abuso de álcool ou drogas durante os episódios de autolesão, no entanto, observou-se que aqueles que estavam sob efeito dessas substâncias ficaram menos sensíveis a dor, portanto, o consumo de álcool ou drogas é um importante fator de risco para o comportamento de autolesão. Ao realizarmos uma correlação entre autolesão a ideação suicida observou-se que aqueles que se envolveram em autolesão tornaram-se mais vulneráveis à ideação suicida, haja visto que, de modo geral as pessoas temem e procuram evitar lesões, principalmente aquelas que podem resultar em morte. Dessa forma, adquirir capacidade de suicídio implica superar o medo e a dor, nesse caso, a autolesão representa significativo fator de risco, pois além de estar associada a um sofrimento intenso que por si só já aumenta o desejo suicida, ainda dessensibiliza os indivíduos a dor, aumentando, portanto, a capacidade do indivíduo agir sobre o desejo de tentar suicídio.