Influência da exposição ao extrato etanólico obtido das flores de Achyrocline satureioides (Lam.) D.C. durante os períodos pré-gestacional, gestacional e pós-parto, em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Maciel, Marcela Dias lattes
Orientador(a): Arena, Arielle Cristina lattes
Banca de defesa: Barros, Aline Lima de lattes, Borges, Cibele dos Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1081
Resumo: A Achyrocline satureioides (LAM) D.C., popularmente conhecida como “macela”, é uma espécie muito utilizada na medicina popular, sendo suas partes empregadas na forma de infusão e decocção com várias finalidades medicinais, tais como, anti-inflamatória, analgésica,antioxidante, entre outras. Entretanto, há poucos relatos na literatura de estudos de toxicidade dessa espécie vegetal. Assim, considerando seu potencial terapêutico versus a carência de estudos que avaliam sua toxicidade, o objetivo desse estudo foi avaliar a influência da exposição ao extrato etanólico das flores de A. satureioides durante os períodos pré-gestacional, gestacional e pós-parto em ratos Wistar, através de avaliações de parâmetros reprodutivos e do desenvolvimento. Os animais foram divididos em 4 grupos experimentais: três grupos receberam as doses de 250, 500 ou 750mg/kg do extrato, via oral (gavage), enquanto 1 grupo recebeu veículo (controle). O tratamento com o extrato etanólico de A. sauteiroides incluiu três períodos (pré-acasalamento, acasalamento e pós-acasalamento). Ratos machos adultos foram tratados durante 28 dias (2 semanas antes do acasalamento, durante o acasalamento e, 2 semanas após o acasalamento, enquanto as fêmeas adultas foram tratadas 2 semanas antes do acasalamento, durante o período gestacional e durante 13 dias de lactação). Após o término do tratamento, os animais foram eutanasiados e parâmetros reprodutivos e do desenvolvimento foram avaliados. Após análise fitoquímica, substâncias como quercetina, luteolina, entre outras, foram identificadas no extrato. Todos os parâmetros analisados nas fêmeas não foram afetados pelo tratamento. No entanto, observou-se um aumento nos níveis de cálcio e TSH nas fêmeas tratadas com 500mg/kg. Embora os hormônios (TSH e T4) avaliados não foram alterados nos filhotes, houve um aumento no peso corporal dos filhotes cujas mães foram tratadas com o extrato. Todos os machos tratados com o extrato foram capazes de copular com as fêmeas. No entanto, após a contagem de espermatozoides, foi observada uma diminuição significativa no número de espermátides no testículo e na produção diária espermática dos animais expostos a 500 e 750 mg/kg de extrato. Nossos resultados sugerem que o extrato etanólico das flores de A. satureioides foi tóxico para o sistema reprodutor masculino, já que importantes parâmetros reprodutivos masculinos foram afetados pelo tratamento, sem comprometer a fertilidade dos mesmos. Além disso, o extrato parece ter afetado o eixo Hipotálamo-hipófise-tireoide das mães expostas.