Dinâmicas territoriais e a fragilidade ambiental do Parque Nacional da Serra da Bodoquena e de sua zona de influência, Mato Grosso do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marques, Fernanda Cano de Andrade lattes
Orientador(a): Silva, Charlei Aparecido da lattes
Banca de defesa: Zacharias, Andrea Aparecida lattes, Leite, Emerson Figueiredo lattes, Medeiros, Rafael Brugnolli lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5320
Resumo: A Serra da Bodoquena está localizada na borda sudeste do Pantanal no Estado de Mato Grosso do Sul, sendo considerada um ecótono entre os Biomas Cerrado, Pantanal e enclaves de Mata Atlântica, sendo importante para a prestação de serviços ecossistêmicos e proteção dos recursos hídricos que se destacam por estarem inseridos em um conjunto de relevos carsticos amplamente reconhecido por suas águas cristalinas - a base do turismo de natureza da região. O Parque Nacional da Serra da Bodoquena (PNSBq), objeto de estudo, foi instituído em 21 de setembro de 2000 com 76.481 hectares, abrange os municípios de Bonito (65,5%), Bodoquena (27%) e Jardim (7%) do Estado de Mato Grosso do Sul. Dessa forma, a presente pesquisa tem como intuito compreender a dinâmica territorial e analisar a fragilidade ambiental do Parque Nacional da Serra da Bodoquena e sua zona de influência de 20 km do entorno do PNSBq, visando fornecer subsídios para a gestão ambiental e o desenvolvimento de políticas públicas na área de estudo. A fim de verificar o avanço das transformações no uso e cobertura das terras, foram utilizados dados secundários disponíveis pelo Projeto MapBiomas Brasil - Coleção 5.0 (1985-2019) - do ano de 2000, 2010 e 2019. Os dados foram sistematizados no SIG QGis versão 3.10 conciliado com verificações in loco utilizando drone, câmera fotográfica e anotações de campo. Os resultados demonstram o quão crescente é a área de agricultura mecanizada (soja e outras lavouras temporárias) no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, isto é, no intervalo de 19 anos a soja passou a ocupar mais de 70 mil hectares. A unidade de conservação mesmo após quase 21 anos de criação, é constantemente ameaçada pelo avanço de diferentes culturas agrícolas citadas em todo o seu entorno, tanto pelos incêndios florestais e supressão legal e ilegal de vegetação quanto pelo processo de solicitação de caducidade do decreto de criação devido à falta da regularização fundiária do PNSBq. De maneira geral, a dinâmica territorial e o uso e cobertura das terras devem ser consideradas como elementos centrais que afetam diretamente o desempenho funcional e ecossistêmico da unidade de conservação, e levar em consideração a importância e a necessidade de políticas públicas inserindo os sistemas carsticos e as demais componentes da paisagem que a Serra da Bodoquena apresenta para a proposição/implementação de políticas públicas como estratégias de conservação.