Prevalência e fatores de risco associados à infecção pelo Papilomavírus Humano em mulheres privadas de liberdade no Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Schwambach, Aracele Franzen lattes
Orientador(a): Negrão, Fábio Juliano lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1389
Resumo: O Papilomavírus Humano tem distribuição mundial e induz o surgimento de lesões benignas e malignas, entre elas o câncer cervical, que é o terceiro em frequência na população feminina brasileira e a quarta causa de morte em mulheres noBrasil. A população brasileira feminina privada de liberdade passou de 5.601 para 37.380 detentas entre 2000 e 2014 e são poucos os dados sobre a frequência de alterações celulares e infecção causada pelo HPV, bem como sobre o comportamento de risco nesta população. As condições de saúde de mulheres privadas de liberdade são diferentes da população geral. A relação entre o HPV e o câncer cervical é caracterizado pelo surgimento de lesões ligadas a determinadas estirpes virais e sua interação com o sistema imune, contudo a progressãoe gravidade da doença é proporcional ao diagnóstico precoce. Este trabalho trata-se de um estudo descritivo, transversal e duplo cego, com abordagem qualitativa e quantitativa, que teve como objetivo caracterizar a prevalência da infecção pelo HPV, as alterações citológicas da cérvice uterina, e os fatores de risco relacionados ao câncer cervical na população privada de liberdade do estado do Mato Grosso do Sul, região Centro Oeste do Brasil, através da coleta de informações sóciodemográficas, coleta de preventivo, coleta de material para pesquisa de HPV e realização de inspeção visual após aplicação de ácido acético e de lugol. Encontramos uma população jovem com média de idade de 30,9 anos e início sexual precoce com média de 14,9 anos, na maioria solteiras e com baixa escolaridade. A prevalência foi de 6,2% para HPV e 8,5% para alterações citológicas. O uso de ácido acético e lugol não contribuiu para o diagnóstico. Dentre os aspectos estudados o uso de drogas ilícitas pelos parceiros, a presença de corrimento genital e uma relação inversa com a idade apresentou correlação com a presença do HPV enquanto que o uso pessoal de drogas ilícitas e multiplicidade de parceiros sexuais correlacionaram-se com alterações citológicas. Com os resultados obtidos foi possível concluir que em mulheres privadas de liberdade seria prudente a realização da citologia combinada com a pesquisa para o HPV, visto que estas permanecem nos estabelecimentos por um tempo restrito, otimizando deste modo o rastreamento